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Portugueses mais proativos na procura por marcas “agentes de mudança”

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Os consumidores portugueses passaram da reatividade à proatividade, com 68% a preferirem marcas que se comportem como “agentes de mudança” e os ajudem a ter um papel mais ativo na comunidade. É a conclusão da mais recente edição do Meaningful Brands, um estudo realizado pelo Havas Media Network.

De acordo com a investigação, em 2023, a exigência do consumidor centrava-se na resolução de problemas do seu quotidiano, no entanto, em 2024, registou-se um salto da “Me-conomy” para uma mentalidade mais coletiva.

 

“Nesta expectativa de progresso conjunto, as marcas são vistas como entidades que devem potenciar o impacto da ação dos consumidores”, lê-se no comunicado de imprensa enviado às redações.

Isto porque os consumidores se vêm a si mesmos como próprios agentes da mudança, assumindo a promoção da sua saúde (88% procura ter momentos de relaxamento e 60% esforça-se por ter uma alimentação saudável e faze exercício físico regularmente), e adotando hábitos de consumo mais sustentáveis (procurando comprar apenas o que precisam e reciclando, por exemplo).

 

Segundo a análise, onde os consumidores sentem maior necessidade de apoio ‘externo’ prende-se com o envolvimento com a comunidade local, uma vez que é neste segmento que transparecerem uma vontade de maior empenho, “que esbarra no desconhecimento de como o fazer”.

O estudo salienta ainda que este comportamento espelha-se na expectativa de que as marcas atuem como enablers, já que 68% dos inquiridos valoriza marcas que contribuam para o desenvolvimento da comunidade local (implementando programas de voluntariado ou momentos de convívio, por exemplo).

 

A par disto, a maior sensibilidade face ao bem-estar coletivo reflete-se na expectativa de que as marcas façam mais pelo planeta (81%), pela comunidade (78%) e só depois pelos consumidores, a nível individual (41%).

Relativamente ao planeta, os consumidores mostraram existir uma expectativa de que as marcas adotem programas de utilização responsável de recursos (48%), que fomentem um consumo consciente e sustentável (40%), e que compensem a sua pegada de carbono (42%).

 

No que toca ao bem-estar individual, os consumidores procuram soluções práticas para poupar dinheiro (64%) e para simplificar a vida quotidiana (43%). 40% valoriza empresas que protegem os seus dados e privacidade.

Em relação à tecnologia, é vista com otimismo por 66% dos inquiridos, que reconhecem o seu potencial para melhorar a sua vida. Não obstante, esse entusiasmo vem acompanhado da necessidade de um uso mais responsável da tecnologia.

“Marcas que inovem de forma consciente e garantam a proteção dos consumidores ganham a sua confiança e admiração”, explica o estudo.

Assim, os resultados da investigação Havas Media Network refletem “o desejo crescente dos consumidores por mais controlo, com um novo sentido de positividade, resiliência e iniciativa”.

Ao mesmo tempo, explica o estudo, “as marcas têm agora, mais do que nunca, a oportunidade de serem facilitadoras de mudança, de fortalecer um sentimento de pertença e de promover uma cultura inclusiva, que valorize a diversidade e a cooperação”.

 

 

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