Os inquiridos neste estudo acreditam também que as medidas apresentadas nas propostas de lei do Orçamento de Estado para 2014 e de Reforma do IRC vão piorar a situação económica do país. Cerca de 45% dos inquiridos entendem, aliás, que as medidas apresentadas vão muito para além do que seria necessário, dado o estado da economia.
Entre os portugueses mais pessimistas estão as pessoas com mais de 45 anos, no entanto, o número de pessimistas decresceu 21% em relação ao estudo de opinião do Orçamento do Estado 2013.
Os inquiridos revelaram também que acreditam que os reformados e pensionistas serão os mais afetados. A classe média e as famílias mais pobres seguem-se na lista das mais afetadas, para o próximo ano.
Carlos Loureiro, da Deloitte, refere que “os portugueses estão menos pessimistas, apesar de continuarem preocupados com a redução do rendimento disponível, manifestando intenções de poupança”.
No que respeita às medidas que afetam o rendimento disponível das famílias, os inquiridos consideram que a medida com maior impacto é o novo corte nos salários da função pública e do sector empresarial do Estado, seguida da manutenção da sobretaxa de IRS de 3,5% e dos cortes nas pensões de sobrevivência.
Quando questionados sobre as medidas que a proposta do OE 2014 deveria prever, as opiniões dos inquiridos incidem em respostas como: medidas de apoio à criação de emprego (89%), medidas de apoio à competitividade das empresas (55%) e incentivos fiscais à atração de investimento direto estrangeiro (44%).