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Consumo

Portugueses confiantes e disponíveis para gastar levam BGC a crescer no 1.º trimestre

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Os portugueses estão confiantes e disponíveis para gastar, indicando o Índice de Confiança e Growth Reporter da Nielsen que “a saúde, o lazer e o bem-estar fazem agora parte das suas preocupações”.

Isto levou a que Portugal registasse um Índice de Confiança de 91 pontos, um dos mais altos de sempre, no primeiro trimestre de 2019. Invertendo o seu histórico pessimismo, os portugueses revelam agora um nível de otimismo superior ao registado na média Europeia (83 pontos), ultrapassando países como Espanha (88), França (72) e Itália (68).

 

A Saúde e o Equilíbrio entre a vida pessoal e profissional assumem carácter prioritário entre os consumidores, sendo que estas duas preocupações são ambas apontadas por 28% dos consumidores, deixando a quase dez pontos percentuais, o emprego, o aumento das contas a pagar ou a economia. Num país cada vez mais envelhecido, entra no top de preocupações o bem-estar e a felicidade dos pais.

Após pagarem as suas despesas habituais, são cada vez menos os portugueses que dizem que não lhes sobra dinheiro (apesar de ainda representarem 1/5 da população). Do dinheiro que lhes resta, são cada vez mais aqueles que gastam em entretenimento fora de casa, férias ou viagens. No entanto, os portugueses voltam a apontar a poupança como principal prioridade (50%).

 

Portugal cresce e Europa recua
Nos períodos anteriores, a Nielsen tinha vindo a observar uma estabilização do crescimento em volumes, ou seja, o consumo propriamente dito não estava a aumentar, verificando-se apenas aumentos em valor. No entanto, a consultora regista, no primeiro trimestre de 2019, um crescimento de 1,6% em volume, contrariamente até àquilo que se passa na Europa, onde os volumes recuaram 0,5%.

Também em valor Portugal destaca-se relativamente à média europeia, fazendo parte do Top 10 dos países que mais crescem em valor (3,1% em Portugal; 2,4% na Europa). No total, os Bens de Grande Consumo (BGC) atingiram perto de 2.000 milhões de euros neste período. Também o efeito-preço cresce 1,5% neste período, comprovando que os portugueses estão a comprar mais e a preços mais elevados.

 

Neste primeiro trimestre, a categoria Bebidas foi a mais dinâmica, com as Alcoólicas a crescer 10% e as Não-Alcoólicas 9%, num período em que se registaram temperaturas superiores às verificadas em 2018, contribuindo para um maior crescimento da categoria. É de salientar também que, nesta análise, o período correspondente ao primeiro trimestre inclui o dia 31 de dezembro de 2018 (ao contrário daquilo que aconteceu no ano anterior), contribuindo este facto para um maior dinamismo das Bebidas Alcoólicas, assim como da Alimentação, que ganham destaque nestes períodos.

No total dos BGC, foram as Marcas de Fabricante (+4,4%) que mais se destacaram face às Marcas da Distribuição (+0,6%).

 

E o resto de 2019?
“O aumento do nível de confiança dos consumidores portugueses e a sua atenção para o bem-estar, a saúde e o lazer são sinais de uma mudança que já aconteceu. Os portugueses estão mais positivos, têm mais dinheiro disponível, e querem gastá-lo em algo que lhes traga algum tipo de benefício”, salienta Ana Paula Barbosa, Retailer Services Director da Nielsen Portugal.

A responsável da consultora refere ainda que, “após um período de alguma estabilização em volumes e crescimento em valor, assistimos agora a crescimentos em ambas as partes: neste trimestre, os consumidores compraram mais e também gastaram mais”.

Assim, para o resto do ano, e tendo em conta que não se têm verificado aumentos na população, “não se esperam aumentos muito significativos nos volumes. No entanto, identificamos muitas oportunidades de crescimento nas categorias de valor acrescentado, que trarão certamente mais espaço para crescimentos em valor”, conclui Ana Paula Barbosa.

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