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Mercados emergentes podem ser solução para a crise

Mercados emergentes podem ser solução para a crise

A Índia, Rússia e China são mercados prioritários para as cadeias globais de distribuição retalhista, por sua vez o Brasil, a Roménia e a China são os mais atractivos para os retalhistas do sector têxtil, revela a oitava edição do estudo Global Retail Development Index, elaborado pela A.T. Kearney.

A Índia, Rússia e China são mercados prioritários para as cadeias globais de distribuição retalhista, por sua vez o Brasil, a Roménia e a China são os mais atractivos para os retalhistas do sector têxtil, revela a oitava edição do estudo Global Retail Development Index, elaborado pela A.T. Kearney.

Nesta pesquisa, que monitoriza a atractividade do mercado retalhista em 30 países emergentes, a Índia afirma-se, pela quarta vez em cinco anos, como o mercado mais atraente para a expansão das grandes cadeias internacionais de retalho. Países como a Rússia, China, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Vietname, Chile, Brasil, Eslovénia e Malásia completam o top 10.

 

Este relatório, publicado desde 2001, tem como objectivo apontar mercados prioritários para as estratégias de expansão dos grandes grupos de distribuição retalhista, medindo a atractividade das economias dos países emergentes através de um conjunto de 25 variáveis, incluindo riscos económicos e políticos, atractividade do mercado retalhista, níveis de saturação de mercado, para além do rácio entre o ritmo de crescimento da superfície comercial face ao crescimento do PIB.

«Com as condições dos mercados desenvolvidos a melhorarem tão lentamente, os mercados emergentes estão a transformar-se em cada vez maiores fontes de crescimento das cadeias globais de retalho», afirma José Ignacio Nieto, director para o sector de distribuição da A. T. Kearney na península ibérica, em comunicado de imprensa.

 

O abrandamento das vendas em 2009 na Índia fez com que os retalhistas indianos tenham suspendido os seus planos de expansão no território e reestruturado, em muitos dos casos, as suas operações. A inflação baixa e as reduções nas rendas de espaços comerciais na ordem dos 40% fazem da Índia o destino mais atractivo para o investimento retalhista no estudo de 2009. Esta situação abriu uma janela de oportunidade para as grandes cadeias globais, como a Wal-Mart, Carrefour e Tesco, à medida que a população se torna, igualmente, mais familiar com estes conceitos de retalho.

A Rússia, apesar da retracção do PIB esperada para 2009, continua a de representar uma forte oportunidade de investimento para os grandes gigantes globais do retalho, ocupando a segunda posição do ranking (subindo uma posição face à edição do ano passado). Espera-se, aliás, que as vendas a retalho cresçam a um ritmo de 15 por cento anuais nos próximos 5 anos.

 

Na terceira posição do estudo encontra-se a China, cujo pacote de incentivos para estimular o consumo (na casa dos 585 mil milhões de dólares) começa já a dar sinais de sucesso, na medida em que as vendas das cadeias de retalho vão aumentar este ano. De acordo com o estudo, as cidades da China central e ocidental estão a chamar a atenção dos investimentos retalhistas estrangeiros.

Os Emirados Árabes Unidos registaram o maior salto da oitava edição, subindo 16 posições até ao quarto lugar do ranking. Este país apresenta o maior rácio de consumo per capita de todos os países analisados no estudo. O Vietname, que era o mercado emergente mais atractivo da edição do estudo da A.T. Kearney de 2008, caiu para a sexta posição, devido às pressões decorrentes do boom do sector imobiliário, e uma queda significativa das suas exportações. Apesar de alguns desafios a curto-prazo, o país continua muito atractivo, devido à população jovem e cada vez mais urbana do país.

 

Relativamente ao mercado português, a A.T. Kearney acredita que a tendência do mercado retalhista passará pela cada vez maior pressão das cadeias de discount e hard discount – Lidl, Minipreço, entre outros, os quais têm a maioria das licenças atribuídas desde 2005 -, e o crescimento das marcas próprias, tanto nos retalhistas de desconto, como nos grandes retalhistas. As marcas do distribuidor representam, actualmente, 20 a 25 por cento das vendas totais.

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