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FIPA

Marcas querem “acima de tudo um acesso equilibrado à prateleira”

Marcas querem "acima de tudo um acesso equilibrado à prateleira"

A Federação das Indústrias Portuguesas Agroalimentares (FIPA) reclama, aquele que apelida de “um acesso equilibrado às prateleiras dos hipermercados que permita ultrapassar as desvantagens face às marcas da distribuição”, segundo notícia avançada pela agência Lusa.

Em entrevista à agência noticiosa, Pedro Queiroz, diretor-geral da FIPA, reiterou que “na fileira agroalimentar há um peso excessivo da distribuição na questão negocial o que cria alguns constrangimentos à indústria. A legislação defende mais o cliente [grande distribuição] do que os fornecedores e permite que o posicionamento da distribuição seja salvaguardado por essa via legal”. Tendo apontado com um dos principais problemas o “equilíbrio” no acesso aos lineares dos hipermercados.

“Os produtos das nossas empresas não estão propriamente em vantagem face a produtos de marca da distribuição. Não estamos contra esses produtos, mas queremos acima de tudo um acesso equilibrado à prateleira”.

 

Pedro Queiroz admite ainda que a indústria tem “pouca margem de manobra face ao peso e à concentração” das grandes cadeias de distribuição (Sonae e Jerónimo Martins valem 50% do mercado) e defende uma fiscalização mais apertada às relações entre a grande distribuição e os seus fornecedores.

“Não há uma fiscalização efetiva sobre o cumprimento da lei. Em Portugal, não se criou um regulador forte para estas matérias, tem de ficar definido claramente quem tem competência para atuar a este nível”, adiantou.

 

A indústria quer também “maior proteção a nível contratual” relativamente aos prazos de pagamento. Isto porque segundo o diretor-geral da FIPA, “há pagamentos que estão a ultrapassar os 90 dias, a própria relação contratual acaba por permitir essa margem”.

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