A Nielsen IQ apresentou durante as últimas semanas o seu relatório Mid-Year Consumer Outlook: Guide to 2025, com a consultora a dar pistas de quais serão as preferências do consumidor nos próximos 12 meses.
Focando-se na marca própria dos retalhistas, que alcançou, em termos globais, uma quota de 50%, a consultora anunciou que a geração Y e a geração Z estão a passar por uma mudança considerável em termos da sua perceção em relação aos produtos de marca própria, estando mais disponíveis a consumi-los.
Assim, estas deverão ser as cinco tendências marcantes para os próximos meses:
Marca própria cresce de popularidade nas gerações mais jovens
De acordo com a pesquisa do NIQ , o dobro de entrevistados da geração Y (46%) e da geração Z (46%) disseram que estão dispostos a gastar mais em produtos de marca própria do que os 23% dos entrevistados da geração Baby Boomers, que disseram que não fariam isso.
Consumidor disposto a ceder às propostas de valor da marca própria
A perceção do consumidor relativamente à qualidade dos produtos de marca própria tem vindo a aumentar. Os consumidores estão por isso mais dispostos a consumir este tipo de produtos.
De acordo com dados do Retail Measurement Services do NIQ, no segundo trimestre de 2024, as marcas próprias apresentaram um crescimento de vendas de valor de 5,6% durante um período de 12 meses.
IA é incontornável e os dados são o novo ouro
As marcas estão a recorrer a análises avançadas de dados para entender as preferências do consumidor e prever tendências de mercado. Este passo ajudará a otimizar sortidos de produtos, ao mesmo tempo em que garantirá que as ofertas de marca própria permaneçam competitivas.
Além disso, o uso de IA e machine learning na gestão da cadeia de abastecimento poderá permitir que as marcas entreguem produtos de alta qualidade a preços acessíveis, simplificando as operações, reduzindo custos e melhorando a eficiência.
Mudança na definição de “desconto”
O desconto é e continuará a ser uma fonte de atração da atenção do consumidor. Porém, o consumidor está mais maduro e hoje procura uma conjugação de fatores quando escolhe os produtos que consome.
Qualidade, inovação, sustentabilidade, disponibilidade são os novos standards para um consumidor crescentemente mais exigente.
Omnicanalidade continua a ser a chave
Com cada vez mais consumidores dispostos a comprar online, mas ainda bastante ávidos pela experiência da loja física, a otimização da experiência online e offline tem de estar sempre presente em qualquer estratégia de crescimento.
Os retalhistas devem, assim, apostar num trabalho continuo em torno das marcas próprias, tentando uma integração perfeita entre os canais, garantindo consistência na disponibilidade dos produtos, preços e promoções em plataformas online, aplicativos móveis e lojas físicas
A visão do consumidor sobre marcas de distribuição e de fabricante