O Grupo ‘Os Mosqueteiros’, que detém em Portugal as insígnias Intermarché, Bricomarché e Roady, anunciou esta quarta-feira, dia 25 de março, o plano de expansão para Portugal que prevê um investimento total de 280 milhões de euros até 2020 que deverá ser suportado pelos franchisados da rede e pela estrutura central de gestão. Vasco Simões, Administrador do Intermarché em Portugal, revelou à imprensa que faz ainda parte da estratégia da empresa renovar o ambiente das lojas, que “passará a privilegiar a compra diária e os frescos.”
Em 2014, o Grupo ‘Os Mosqueteiros’ registou um volume de negócios global de 40,1 mil milhões de euros, um crescimento de 1,3% face ao período homólogo e, de acordo com Patrick Renault, Administrador Delegado do Grupo, “a faturação mais elevada de sempre”. Deste total, 36,2 mil milhões de euros são provenientes do retalho. Na estratégia apresentada, Patrick Renault revelou que o grupo pretende atingir até 2020 uma faturação de cerca de 50 mil milhões de euros.
Em Portugal, o volume de negócios das insígnias Intermarché, Bricomarché e Roady atingiu em 2014 cerca de 2 mil milhões de euros, um valor que o grupo pretende reforçar até 2020 através de um plano de expansão que prevê a abertura de 106 novas lojas e 90 postos de combustível, contando para isso com a entrada de novos franchisados na rede ou com o reforço do investimento dos parceiros que já pertencem à rede, objetivo que deverá ser atingido com a participação do grupo em feiras de franchising.
Os 280 milhões de euros que deverão ser investidos no mercado nacional permitirão ao grupo “aumentar o parque de lojas, das atuais 299 para 405”, “fomentar o emprego através da criação de mais de 3000 postos de trabalho e, em particular, promover o empreendedorismo dos portugueses, que está na base do modelo de negócio do Grupo, ao recrutar novos empresários que poderão criar o seu próprio negócio.”
“Estamos em Portugal com perto de 352 mil metros quadrados de área de venda, 219 empresários – os nossos aderentes – e cerca de 14 mil colaboradores. Considerando o contexto ainda volátil que se viveu em 2014, os resultados das nossas três insígnias e os seus planos de crescimento indicam que estamos no bom caminho para consolidar estes indicadores e contribuir, de forma ainda mais expressiva, para a qualidade de vida das famílias e para o crescimento económico do país”, defendeu Patrick Renault.
Intermarché quer abrir 63 lojas e 90 postos de combustíveis
O ano passado ficou marcado pela conclusão da renovação do parque de lojas, assim como pelo reforço do posicionamento do Intermarché enquanto “especialista em frescos”, que está na base do Programa Origens e que conta com o envolvimento de 206 produtores nacionais, responsáveis pela produção de cerca de 27 mil toneladas de produtos frescos vendidos em exclusivo no Grupo, em Portugal.
A renovação das lojas deverá continuar nos próximos anos, segundo Vasco Simões, Administrador do Intermarché em Portugal, tendo como foco os frescos, fator que a insígnia considera ser o seu elemento “diferenciador” face aos concorrentes.
“Temos uma área alimentar muito forte e os frescos são uma das componentes mais relevantes, representando 40% das vendas”, explicou Vasco Simões.
Para 2015, a insígnia estabeleceu como meta um crescimento de vendas de 4%. Integrado no plano estratégico do Grupo, este acréscimo intensificar-se-á ao longo dos próximos quatro anos com a abertura de 90 postos de combustível e mais 63 lojas.
Em 2020, o grupo espera que o parque de lojas Intermarché totalize 295 unidades, elevando a quota de mercado da insígnia para os 13,5%, e que em 80% destas lojas os clientes possam encontrar um posto de combustível.
Bricomarché planeia abertura de mais 15 lojas
Já o Bricomarché chegou ao final de 2014 com mais de 90% dos seus espaços de venda modernizados, o que, segundo a insígnia, impulsionou um crescimento de vendas de 7% nos últimos dois anos e lhe permitiu concluir o último exercício com um volume de negócios de 84 milhões de euros.
Em 2015, o Bricomarché vai concluir a modernização das suas lojas e abrir duas das 15 unidades previstas no plano de expansão a cinco anos. Em 2020, o Bricomarché espera ter “meia centena de lojas, que permitam alcançar uns ambiciosos 150 milhões de euros de faturação.”
“É um objetivo muito ambicioso mas acreditamos que, com o nosso plano de crescimento para os próximos cinco anos, vamos conseguir atingir a meta dos 150 milhões, o que representará uma quota de mercado em torno dos 23% nas Grandes Superfícies de Bricolage”, referiu Pedro Subtil, Administrador do Bricomarché em Portugal. A estratégia, que passará ainda pelo reforço da oferta e representatividade das marcas próprias, prevê 60 milhões de euros de investimento.
Roady vai abrir mais 28 centros-auto e aposta no reforço da notoriedade da marca
Também em 2014, em Portugal, o Roady gerou um volume de negócios de 36,7 milhões de euros, um ligeiro crescimento de 0,8% face ao exercício homólogo.
“Queremos crescer globalmente e, em Portugal, queremos reforçar o crescimento conseguido em 2014. Os dois primeiros meses de 2015, em que conseguimos um aumento acumulado de vendas, revelam já uma tendência positiva e indicam que estamos bem posicionados para atingir este objetivo e avançar com o plano estratégico a cinco anos”, explicou Emanuel Eusébio, Administrador Roady em Portugal.
Com 32 lojas, o Roady reforçará nos próximos cinco anos a sua estratégia de crescimento com um investimento de 20 milhões de euros, que serão canalizados para a abertura de 28 novos centros e para o desenvolvimento da marca.
O grande objetivo da insígnia especializada em serviços automóvel é chegar a 2020 com um volume de negócios superior a 70 milhões de euros, o que significa duplicar o valor alcançado em 2014.
