De acordo com a análise do Barómetro PME – Comércio e Serviços da CCP, Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, a evolução do volume de negócios foi negativa para 56% das PME, proporção que se acentuou face aos resultados dos três primeiros trimestres.
Ao longo dos quatro trimestres assistiu-se à redução da proporção das empresas que conseguiram aumentar o seu volume de negócios, somente de 21,3% do total de PME no 4.º trimestre, tendo-se mantido semelhante a percentagem daquelas em que estagnou, que ascendeu a 22,7% do total, no último trimestre.
Quanto às principais causas para esta estagnação e crescimento negativo, a CCP aponta a variação da procura associada à atual conjuntura, que continua a ter influência pelo menos em 70,4% destas PME.
As expectativas baixaram e apenas 9,5% das empresas participantes neste estudo consideram conseguir acréscimos no volume de negócios durante o primeiro trimestre deste ano, sendo que no 3.º trimestre 14,5% das empresas acreditavam num crescimento no trimestre seguinte. O número de empresas que acreditam que haverá estagnação também aumentou 9,1 pontos percentuais neste último inquérito.
Em 2011, cerca de 48,6% das PME respondentes recorreram a financiamento bancário, quase sempre para necessidades de tesouraria (66%) e com menor relevância para financiar necessidades de investimento (14,3%).
As conclusões são retiradas de um painel composto por 117 pequenas e médias empresas do comércio grossista, retalhista e de diversas outras atividades de serviços que trimestralmente respondem a um questionário que procura acompanhar a evolução da atividade dessas PME, identificando os fatores que mais as condicionam.