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Cerveja quer ter o mesmo regime fiscal do vinho

Cerveja quer ter o mesmo regime fiscal do vinho

O presidente da Associação Portuguesa de Produtores de Cerveja (APCV), António Pires de Lima, diz que a indústria da cerveja se sente “injustiçada em comparação com o vinho”, por não ter uma taxa de IVA intermédia (13%) e ter um imposto especial (IEC), que retira competitividade face a bebidas concorrentes.

“O setor merece ser valorizado, é um bom exemplo de como produzir riqueza em Portugal num ambiente tão difícil”, resume Pires de Lima, embora reconheça que neste momento não há condições para baixar impostos, mas diz que o setor devia ter um tratamento fiscal igual ao do vinho, avança o semanário Expresso.

Para Portugal, a fileira da cerveja contribui com 75 mil empregos, 200 milhões de euros em exportações (30% da produção) e com 1,1 milhões de euros para o PIB. Pires de Lima prefere, ainda assim, realçar a sua função alimentadora da rede de 90 mil estabelecimentos de raiz familiar que vivem da venda de cerveja e café.

 

A APCV sente que “não tem havido vontade política para acarinhar a fileira” que se podia materializar, por exemplo, em incentivos à produção de cevada. Cerca de 80% da cevada transformada em malte é de origem nacional.

O relatório anual da Ernst & Young (E&Y) que analisa o mercado europeu, mostra que a venda de cerveja no canal Horeca representa por ano 2,7 mil milhões de euros. Pelos cálculos da mesma consultora, o efeito no retalho alimentar vale 325 milhões e o seu consumo gera uma receita superior a 3 mil milhões de euros.

 

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