Por enquanto, o euro digital é apenas um projeto que está em discussão, faltando definir muitos detalhes. Mas há já algumas ideias do que pode vir a ser esta moeda digital europeia.
O portal de literacia financeira e digital da CGD, esclarece algumas das dúvidas associadas ao euro digital.
Qual será o valor do euro digital?
Um euro digital terá exatamente o mesmo valor do que um euro físico, com a diferença de existir apenas em formato digital. A ideia é que seja acessível a todos os cidadãos ou empresas.
Então não vai substituir o euro?
Não. O euro digital vai ser uma forma complementar de pagar produtos e serviços. As notas, moedas e todas as outras formas de pagamento, como cartões e transferências bancárias, vão continuar a existir.
Como poderá funcionar?
Uma das possibilidades é que, em vez de ter o euro digital numa conta no seu banco, esteja numa conta, em seu nome, no Banco de Portugal. Outra das hipóteses seria aceder ao euro digital de forma indireta, ou seja, através de bancos ou instituições de serviços de pagamento.
Poderão ser feitos investimentos em euros digitais como são feitos com as criptomoedas?
Enquanto as criptomoedas, são usadas sobretudo como forma de investimento ou poupança, o euro digital tem como objetivo fazer pagamentos. Precisamente para evitar que as pessoas o utilizem como forma de investimento financeiro, equacionam-se estratégias para definir montantes limite à sua posse e à remuneração aplicada (que deveria ser sempre nula ou inferior à que obteria se investisse em ativos tradicionais e de baixo risco)
Qual será a tecnologia usada?
Ainda não foi tomada uma decisão a este respeito. Estão a ser testadas diferentes abordagens e tecnologias. Uma das hipóteses poderá ser a Distributed Ledger Tecnologies (DLT), de que faz parte a famosa BlockchainBlockchain, mas o BCE ainda está a estudar várias soluções.
Como é garantida a segurança dos dados pessoais?
Além da utilização de tecnologias que garantem segurança e privacidade, o facto de ser uma moeda do BCE traz uma proteção acrescida. O euro digital permitiria fazer pagamentos sem partilhar dados com terceiros, exceto os necessários para prevenir atividades ilícitas.