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O futuro dos pagamentos passa pelo Facebook Messenger

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A transformação do Facebook Messenger numa plataforma B2B e B2C está a acontecer a passos largos, algo que o diretor de produto Stan Chudnovsky vê como um passo natural. “O B2B e pagamentos são áreas que crescem cada vez mais nas aplicações de mensagens”, referiu o executivo durante uma conversa na conferência financeira Money 20/20, em Las Vegas. “Os serviços que as pessoas querem consumir estão a mover-se para onde as pessoas estão. Ou seja, cada vez mais na plataforma móvel.”
A intervenção de Chudnovsky na Money 20/20 aconteceu pouco depois de o Facebook anunciar que passará a integrar PayPal no Messenger, para permitir aos utilizadores enviarem pagamentos entre si. Esta capacidade irá começar com os utilizadores nos Estados Unidos e será alargada gradualmente, tendo registado já 2,5 milhões de pessoas que conectaram as suas contas.
É uma parceria importante, tendo em conta que só no terceiro trimestre o PayPal processou 24 mil milhões de dólares em pagamentos peer-to-peer, não relacionados com transações entre empresas e clientes.
Ao mesmo tempo, o PayPal anunciou o lançamento do seu chat bot de conversação na plataforma de mensagens no Facebook, que poderá assistir os clientes em funções passíveis de automação.
Stan Chudnovsky está numa posição privilegiada porque veio precisamente da PayPal para o Facebook, há cerca de dois anos. “Não estamos a tentar fazer dinheiro com estas transações”, avisou o executivo da rede social. “Estamos no negócio da publicidade, sendo que a intenção do Facebook é  oferecer uma forma muito fácil e transparente de fazer transações, para que os anunciantes gastem mais dinheiro em publicidade”, afirmou o mesmo responsável sem rodeios.
Na Money 20/20, foi referido varias vezes o sucesso da plataforma chinesa WeChat, que se transformou num hub para comunicação, pagamentos, serviços, algo que o Facebook sabe que ainda está longe de conseguir. “A infraestrutura de pagamentos na China não existia e o WeChat construiu-a”, disse, sublinhando que o mercado no mundo ocidental já é muito sofisticado.
“Temos de oferecer mais valor que o de uma simples transação.” No entanto, o Facebook quer capitalizar na tendência de redução do numero de aplicações que as pessoas usam nos smartphones. A saturação está a levar a uma concentração, porque “as pessoas não querem descarregar mais apps.”
No que toca aos chat bots, que foram lançados há mais de um ano, Chudnovsky refere que as maiores histórias de sucesso são aquelas em que as empresas usam uma combinação de inteligência artificial e agentes humanos. Todo este crescimento é uma nova fonte de receita para o Facebook, centrada nisto: a venda de anúncios no Messenger. É esse o negócio da empresa.

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