Segundo dados de um estudo da Accenture realizado junto do sector bancário, estas instituições recebem, em média, qualquer coisa como 85 tentativas sérias de ciberataques todos os anos. Um terço deste número acaba por se revelar bem-sucedido, permitindo desta forma o acesso indevido a informação e dados pessoais. Por seu lado, “em 59% dos casos foram precisos meses para detetar estes ataques”, conforme se lê ainda na pesquisa.
Diz a Accenture que a maior parte dos executivos seniores da banca (78% dos inquiridos) se mostram confiantes em relação à estratégia de cibersegurança seguida nas suas instituições e mais de metade está confortável com a capacidade de instituição para identificar as causas de uma falha, medir o seu impacto e os riscos financeiros que lhe estão associados.
Uma perspectiva menos optimista surge, no entanto, ao nível da capacidade de endereçar ataques internos; neste caso, 48% dos responsáveis considera que são os que têm um maior impacto ao nível da cibersegurança. Cinquenta e dois por cento admitem falta de confiança nas suas equipas para detetar uma falha de segurança, através de monitorização interna.
Os responsáveis inquiridos neste trabalho – 275 quadros de segurança dos sectores da banca e do mercado de capitais – dizem ainda que as suas equipas detetaram um número elevado de falhas de segurança nas organizações, mas a generalidade reconhece “que as restantes foram identificadas pelos colaboradores”.
Em jeito de balanço, a Accenture conclui que os bancos devem “concentrar-se na implementação de cenários de teste práticos focados no interior da sua organização para tornar o trabalho dos hackers o mais difícil possível”. É ainda prioritário apostar na formação interna considerada “uma prioridade importante”.