Os gastos com cartões em Portugal subiram, no ano passado, cerca de 5,5% para um total de 358 mil milhões de euros. Os dados são do mais recente Relatório dos Sistemas de Pagamentos do Banco de Portugal e dizem respeito ao ano de 2015.
Durante este período, o número de operações subiu 4,8%, sendo que o grande destaque na utilização de cartões vai para as compras internacionais no seguimento também do aumento do turismo no nosso país.
Segundo o Relatório, Portugal é o país da área do euro «com mais pagamentos com cartão, em percentagem do PIB».
Um olhar mais detalhado deixa perceber que os pagamentos de retalho com recurso aos meios eletrónicos tiveram um crescimento, em valor e em número, sendo que no ultimo ano foram liquidadas no sistema que processa os pagamentos de retalho em Portugal, qualquer coisa como 2.205 milhões de operações. As transações representam um valor total de 358 mil milhões de euros.
O Relatório dos Sistemas de Pagamentos dá ainda conta que a utilização do cheque voltou a diminuir em 2015, 11,1% em número e 8% em valor.
Em contraste, a utilização de instrumentos de pagamentos eletrónicos aumentou mais uma vez sendo que, no ano em análise, o SICOI processou 1.885,6 milhões de operações Multibanco, no valor de 99,4 mil milhões de euros.
Diz ainda o Banco de Portugal que foram processadas 121,8 milhões de transferências a crédito, no valor de 174,4 mil milhões de euros.
No relatório pode ler-se que «em 2015, o Banco de Portugal avaliou a infraestrutura tecnológica da SIBS Forward Payment Solutions, que presta serviços críticos ao mercado de pagamentos em Portugal, concluindo que esta infraestrutura segue as melhores práticas internacionais».
 Os titulares de cartões multimarca (que são uma parte significativa dos cartões em Portugal) já podem escolher nos TPA a marca associada ao seu cartão e que considerem mais conveniente para cada pagamento.
O regulador lembra ainda algumas alterações legislativas neste campo ao longo de 2015, com especial destaque para «o Regulamento (UE) 2015/751 do Parlamento e do Conselho, que introduz limites às taxas de intercâmbio aplicáveis às transações com cartão de débito ou de crédito na União Europeia, com o objetivo de tornar os cartões de pagamento mais competitivos».