Aceleração da digitalização financeira e a complexidade associada, obriga a reforçar a literacia financeira digital
A forte aceleração da inovação tecnológica na comercialização de serviços financeiros, estimulada pela necessidade de ultrapassar as dificuldades provocadas pela pandemia, veio reforçar a prioridade da formação financeira digital da população portuguesa.
Entre as prioridades:
- Conhecimento e acesso adequado aos canais digitais, que se por um lado proporcionam maior rapidez na contratação de produtos e serviços, por outro, acarretam mais riscos, nomeadamente cibercrime e fraude
- Conhecimento das características e riscos de novos produtos
- Conhecimento das alterações aos produtos tradicionais
- Saber quem são os novos prestadores e intermediários de serviços financeiros
- Atuar nas questões ligadas à sustentabilidade e às finanças sustentáveis e sensibilizar para a existência de produtos de investimento no domínio da sustentabilidade
- Sensibilizar para a necessidade de inclusão dos impactos ambientais e sociais na forma como o consumidor gere o seu orçamento e faz as suas opções entre consumo e poupança
- Ponderar a forma como o retorno económico-financeiro é gerado
As micro, pequenas e médias empresas constam dos públicos prioritários da estratégia nacional de literacia financeira, expressa no Plano Nacional de Formação Financeira 2021 -2025.
De salientar que, esta preocupação com a literacia financeira digital ocupa cada vez mais espaço no sector financeiro. A nível europeu, destaque para o referencial de literacia financeira para adultos, agora divulgado pela Comissão Europeia em parceria com a OCDE e que tem como objetivo a alfabetização financeira, através da combinação entre: consciência financeira; conhecimento; competências; atitudes e comportamentos, que permitem assumir decisões financeiras sólidas. Como resultado, permitirá melhorar o bem-estar financeiro de cada pessoa.