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Vendas de BGC caem depois da Páscoa

O Seu Mercado

As vendas de Bens de Grande Consumo (BGC) diminuíram 1% na semana depois da Páscoa, face ao período homólogo de 2019. Os números referentes à sétima edição do Barómetro semanal da Nielsen sobre o impacto da pandemia COVID-19, indicam que na semana 16 (de 13 a 19 de abril de 2020), mantendo-se a quarentena, com o início do terceiro período do estado de emergência, as vendas de BGC totalizaram 171 milhões de euros, correspondendo a uma diminuição de 1% face à mesma semana do ano anterior, influenciadas pela comparação com a semana da Páscoa de 2019, mais tardia.

A queda foi ainda maior quando comparada a semana 16 com a semana anterior do presente ano, referindo a consultora que, nesse caso, a descida foi de 7%, uma tendência que se repete, já que, também em 2019, se assinalou uma evolução semelhante após esta data festiva.

 

Pet e higiene dominam consumo
Neste período, destaca-se pela positiva o crescimento dos Produtos para Animais (comida e acessórios para cães e gatos) e da Higiene Pessoal e do Lar, com incrementos de 18% e 14%, respetivamente.

Em sentido inverso, “surge uma tendência negativa entre os Produtos Alimentares (-3%) e as Bebidas (-13%). Esta é plenamente justificada pelo facto de nos encontrarmos a comparar esta semana com a semana da Páscoa de 2019, na qual estas categorias alcançaram valores naturalmente mais elevados. Este efeito é expresso de forma ainda mais notória na categoria de Confeitaria e Doçaria, com uma quebra de 51%”, explica Marta Teotónio Pereira, Client Consultant Senior da Nielsen.

 

Regresso à “normalidade” da quarentena
“Após um período em que os portugueses procuraram manter a normalidade das suas vidas e do seu consumo numa época especial como é a da Páscoa, voltam agora a uma normalidade condicionada, à qual já estão habituados: a normalidade da quarentena. Passada a Páscoa, voltam a destacar-se no contexto da Alimentação as categorias típicas da vida em quarentena, nomeadamente as Bebidas Quentes, Conservas, Congelados e Produtos Básicos”, explica Marta Teotónio Pereira.

O momento é de quebra nos Frescos, cujas vendas caem 18% (quando comparadas com a semana homóloga, que incluía a Páscoa 2019). As Frutas e Legumes contrariam esta tendência, crescendo 10%, uma vez que as refeições continuam a ser confecionadas em casa, contribuindo para o forte crescimento dos Legumes, e o crescimento de frutas ricas em Vitamina C comprova que a preocupação com a saúde se mantém.

 

Promoção mantém evolução positiva
Nas Promoções, a tendência positiva mantém-se face à semana 15, mas se na semana anterior este efeito promocional decorria da conquista de importância do Folheto, ganha agora expressão a Redução Temporária de Preço.

Proximidade mantém relevância para o consumidor
O fator Proximidade mantém um peso acima do verificado no período pré-Covid-19, com uma importância de 14,1% na semana 16, quando no período pré-COVID se situava nos 12,5%.

 

Todavia, nesta semana em que é renovado o estado de emergência e em que os consumidores prosseguem a sua vida em quarentena, são os Hipers que voltam a ganhar peso: representam 27,3% do total de canais analisados na semana 16, contra 26,5% na semana anterior.

Europa a várias velocidades
A tendência verificada em Portugal não se encontra em linha absoluta com a realidade verificada noutros países próximos. Se em Itália se regista uma diminuição acentuada do consumo nesta semana (-16%), em Espanha o cenário é o oposto, com um aumento de 24%.

O realce nesta semana 16 recai também no online, que atinge o seu crescimento máximo: 289% no número de compras online e 244% no número médio de lares a comprar online.

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