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Sonae cresce 6% e vendas ultrapassam 3,1 mil milhões de euros no 1.º semestre

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O volume de negócios consolidado da Sonae, no 1.º semestre de 2020, cresceu 5,9% face ao mesmo período de 2019, totalizando 3.136 milhões de euros contra os 2.960 milhões de euros alcançados no ano anterior.

Este resultado é justificado pelo grupo, liderado por Cláudia Azevedo, “com o aumento das vendas online sem precedentes e ganhos de quota de mercado na maioria dos negócios”.

 

No comunicado que acompanha a divulgação dos resultados do grupo nacional para o 1.º semestre pode ler-se que “o desempenho consolidado da Sonae no 2.º trimestre de 2020 teve dois momentos distintos: o período de confinamento, até meados de maio, foi marcado por um forte impacto na maior parte dos nossos negócios, positivo no caso do desempenho de vendas da Sonae MC e da Worten Portugal e condicionado, na Sonae Sierra, na Worten em Espanha e na Sonae Fashion, visto terem sido forçados a suspender as suas operações durante este período”.

Já no período pós-confinamento, o grupo criado por Belmiro Azevedo, refere que se registou “a reabertura de todas as lojas e a redução gradual das medidas restritivas, mas ainda com alguns centros comerciais a operar em horário reduzido e, portanto, a registar um menor número de visitantes”.

 

Do ponto de vista dos resultados globais, se no 1.º semestre o crescimento foi de 5,9% para 3.136 milhões de euros, a evolução das receitas do grupo no 2.º trimestre do ano aumentou 4,8% para 1.584 milhões de euros, contra os 1.511 milhões de euros obtidos no final de período homólogo de 2019.

Segundo o grupo, o crescimento das vendas foi impulsionado “pela rapidez na implementação de fortes medidas operacionais e pelo desempenho sem precedentes das vendas online, permitindo ganhos de quota de mercado na maior parte dos negócios, sendo de destacar o forte contributo da Sonae MC”.

 

Em relação ao EBITDA subjacente, a Sonae alcançou um resultado de 229 milhões de euros no 1.º semestre de 2020 (-5,3% que no mesmo semestre em 2019) e de 129 milhões de euros no 2.º trimestre (-7,5% face ao 2.º trimestre de 2019).

Esta baixa é explicada, sobretudo, pela desconsolidação de dois centros comerciais core (consequência da transação Sierra Prime) nas contas estatutárias da Sonae Sierra e pelo impacto negativo do período de confinamento na Sonae Sierra e na Sonae Fashion. Excluindo o impacto do Sierra Prime, o grupo admite que o EBITDA subjacente da Sonae teria permanecido “estável em termos homólogos no semestre”. Assim, o EBITDA consolidado ascendeu a 256 milhões de euros no 1.º semestre de 2020 (-8,3%), sendo que no 2.º trimestre de 2020 foi de 128 milhões de euros (-11,7%).

 

Em comunicado, Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, afirma que “o segundo trimestre de 2020 foi seguramente um dos trimestres mais desafiantes da história da Sonae. Após um bom início de ano, fomos atingidos pela pandemia Covid-19 em meados de março e foi durante o segundo trimestre que sentimos os principais impactos desta situação sem precedentes”.

A responsável máxima pelo universo Sonae admite, de resto, que “todos os nossos negócios foram severamente afetados por este contexto adverso”, destacando, no entanto, o desempenho “muito resiliente” do portfólio do grupo ao longo das últimas semanas. A liderar esta performance estão os “desempenhos excecionais” da Sonae MC e da Worten, que, segundo Cláudia Azevedo, “num contexto tão desafiante, foram capazes de reforçar as suas posições de liderança no mercado português e crescer mais de 9% e 6% em termos homólogos, respetivamente, neste segundo trimestre do ano”.

Quanto aos próximos meses, a CEO da Sonae refere que “irão trazer diferentes tipos de desafios às nossas equipas e estou confiante de que a Sonae os irá ultrapassar”, concluindo que “temos um portfólio de negócios resiliente e uma sólida posição financeira, mas temos sobretudo as pessoas certas e os valores certos em toda a organização.”

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