O setor do alojamento turístico registou 697,7 mil hóspedes e 1,9 milhões de dormidas em março de 2020, correspondendo a menos 62,3% e 58,7%, respetivamente (+15,2% e +14,8% em fevereiro, pela mesma ordem). As dormidas de residentes recuaram 57,6% (+26,6% em fevereiro) e as de não residentes decresceram 59,2% (+9,5% no mês anterior), referem os dados mais recente do Instituto Nacional de Estatística INE, referente ao mês de março de 2020.
No terceiro mês de 2020, a estada média (2,72 noites) aumentou 9,6% (+11,4% no caso dos residentes e +9,2% no de não residentes). A taxa líquida de ocupação (17,0%) recuou 21,8 p.p. (+1,8 p.p. em fevereiro).
Os proveitos totais registaram uma variação negativa de 60,2% (+13,4% em fevereiro), situando-se em 98,9 milhões de euros. Os proveitos de aposento fixaram-se em 71,8 milhões de euros, diminuindo 59,7% (+15,5 % no mês anterior).
O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) decresceu 57,4% para 14,4 euros (+6,3% no mês anterior). O rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 66,1 euros, recuando 6,2% (+2,4% em fevereiro).
Em março, considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 746,1 mil hóspedes e 2,1 milhões de dormidas, correspondendo a evoluções de -61,8% e -57,1%, respetivamente (+15,6% e +15,2% em fevereiro, pela mesma ordem). As dormidas de residentes diminuíram 56,6% (+26,6% em fevereiro) e as de não residentes decresceram 57,3% (+9,9% no mês anterior).
Através de um questionário específico adicional que, durante o mês de abril e primeira semana de maio, o INE promoveu e que obteve respostas de cerca de 4.600 estabelecimentos, sobre as perspetivas para a atividade turística nos próximos meses até agosto, 78,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico respondentes assinalaram que a pandemia COVID-19 motivou o cancelamento de reservas agendadas para os meses de março a agosto de 2020 (estes estabelecimentos representam 90,9% da capacidade da oferta dos estabelecimentos que responderam).
As dormidas na hotelaria (81,7% do total) diminuíram 60,1%. As dormidas nos estabelecimentos de alojamento local (peso de 16,3% do total) decresceram 50,2% e as de turismo no espaço rural e de habitação (quota de 2%) recuaram 58,7%. As dormidas em hostels registaram uma diminuição de 49,1% em março, representando 23,8% das dormidas em alojamento local e 3,9% do total de dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico.
Decrescem dormidas de residentes e não residentes
Em março, o mercado interno contribuiu com 574,5 mil dormidas, o que representou um decréscimo de 57,6% (+26,6% em fevereiro). As dormidas dos mercados externos (peso de 69,7%) diminuíram 59,2% (+9,5% no mês anterior) e atingiram 1,3 milhões.
No primeiro trimestre do ano, verificou-se uma diminuição de 18,0% das dormidas totais, resultante de variações de -11,7% nos residentes e de -20,8% nos não residentes.
Principais mercados a pique
A totalidade dos dezasseis principais mercados emissores registou decréscimos em março, tendo representado 87,1% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês.
Os mercados que, em março, se encontravam entre os mais atingidos pela pandemia COVID-19 foram os que registaram maiores decréscimos nas dormidas neste mês.
O mercado chinês (0,6% do total das dormidas de não residentes em março) diminuiu 78,8% neste mês e 31,8% no primeiro trimestre do ano.
As dormidas de hóspedes italianos (2,1% do total) recuaram 76,5% em março e 30,0% desde o início do ano.
O mercado norte-americano (4% do total) apresentou uma diminuição de 67,5% em março. No conjunto dos primeiros três meses do ano, este mercado registou um decréscimo de 25,7%.
O mercado espanhol (7,7% do total) registou um decréscimo de 67,3% em março e de 12,7% desde o início do ano.
O mercado britânico (19,1% do total das dormidas de não residentes em março) diminuiu 55,2% neste mês e 21,5% no conjunto dos três primeiros meses do ano.
As dormidas de hóspedes alemães (16,4% do total) recuaram 57,3% em março. Desde o início do ano, este mercado diminuiu 27,9%.
Destaque ainda para a evolução do mercado canadiano (4,9% do total) que, entre os principais mercados emissores, foi o que registou menor decréscimo em março (-36,4%; -0,9% no primeiro trimestre do ano).