O online é cada vez mais o canal mais utilizado para procurar ideias e comparar marcas e preços para os presentes de Natal, mas para os portugueses, as lojas físicas continuam a ser o local preferido para efetivar a compra. Esta é a principal conclusão do Estudo de Natal 2015 da Deloitte, que para além de revelar que os centros comerciais são o canal privilegiado para as compras de Natal, indica que os portugueses revelam as maiores expetativas de compra através de smartphone da Europa.
“A estratégia de compra omnicanal é uma realidade generalizada no processo de compra dos portugueses e os retalhistas estão conscientes deste cenário, daí o atual movimento em que os retalhistas procuram integrar a sua proposta de valor também com uma forte presença nas novas plataformas e canais digitais. É neste contexto que o mobile e as redes sociais ganham força”, refere Nuno Netto, Associate Partner da Deloitte.
O online, que inclui os websites e as redes sociais, é utilizado pelos consumidores europeus como o principal meio para procurar ideias e sugestões para todas as categorias de presentes desta época – especialmente quando se trata de tecnologia de ponta, videojogos, tecnologia amiga do ambiente ou de filmes -, mas também para comparar produtos, marcas e preços em todas as categorias, indica o estudo.
Os dados agora publicados mostram também que os consumidores portugueses recorrem menos aos websites do que os restantes europeus, mas são dos que mais utilizam as redes sociais para pesquisar e fazer comparações de produtos.
A televisão, por outro lado, continua a ter um papel relevante na influência que tem no processo de compra a nível nacional, contudo, já está num nível abaixo das lojas, websites e das redes sociais.
Segundo a Deloitte, “a maioria dos consumidores portugueses utiliza as redes sociais para consultar preços, procurar produtos ou para encontrar descontos, cupões ou informação sobre a venda dos produtos”, no entanto, quando o objetivo é concretizar a compra, as lojas físicas continuam a ser o canal privilegiado, apesar do online ter crescido enquanto canal alternativo, mesmo entre as categorias mais tradicionais, como bebidas e alimentação. O mesmo se verifica no resto da Europa, com os consumidores a preferirem as lojas físicas para concretizarem as transações de compra, especialmente nas categorias de bebidas e alimentação, moda, artigos para o lar, saúde e beleza, brinquedos e artigos desportivos.
Por outro lado, na restante Europa as compras online têm aumentado consistentemente, ano após ano, com as transações online a pesarem já 37% dos gastos totais. O Reino Unido, Alemanha e Polónia são os campeões dos gastos online. Em Portugal, o peso do online nas compras de Natal é de apenas 15%, “havendo portanto ainda um grande espaço de crescimento no e-commerce comparativamente com a média europeia”, sublinha Nuno Netto, da Deloitte.
Por outro lado, o papel estratégico dos canais revela ser cada vez mais interdependente, com apenas 28% dos portugueses e 25% dos restantes europeus a afirmarem que nunca utilizaram a loja como showroom para posteriormente concretizarem a compra no canal online. Ao invés, 30% dos inquiridos, em Portugal, e 24% na Europa, afirmam que o fazem com frequência ou sempre.
De resto, o estudo agora publicado indica que em Portugal, é de destacar a expetativa futura da utilização dos smartphones no processo de compra. Enquanto atualmente 35% dos portugueses afirma já ter utilizado um smartphone num processo de compra, um valor ainda abaixo dos 41% da média da Europa, relativamente à intenção de utilização futura, 61% afirma que irá utilizar um smartphone no processo de compra, sendo o maior registo na Europa, muito acima da média europeia de 47%.