A DHL tenta no seu radar de tendências, lançado novamente este ano, antecipar as que vão ser as tecnologias e negócios que vão escalar em termos de representatividade nos negócios, sobretudo na área da logística. No radar deste ano, entre as tendências tecnológicas, há muita disrupção no interior dos armazéns, nomeadamente com um maior foco nos dados e na utilização de robots.
Assim, no prazo de cinco anos, a DHL estima que, por exemplo, weareable sensors, robots estacionários ou robots móveis dentro de portas sejam adotados em larga escala. Como é óbvio, toda esta tecnologia terá o potencial de alterar significativamente as operações dentro de quatro paredes e, para dar corpo a estas tendências, o site Logistics Managers tenta também ele antecipar o que pode mudar já em 2023 dentro dos armazéns, isto, claro, potenciado pelo e-commerce.
Assim, isolando três tendências, a referida publicação começa por referir o eGrocery e a sua necessidade de uma infraestrutura sustentável, lembrando que não só os grandes retalhistas e grandes armazéns precisam cada vez mais de operações ágeis no interior das suas instalações.
Lembrando que os consumidores estão cada vez mais a pressionar os seus provedores de serviço por soluções ágeis em termos de entrega, gerir o interior de uma ‘emercearia’ começa a ser muitas vezes um desafio. Neste sentido, defende ser necessário e “central ter uma plataforma online intuitiva, preços competitivos, produtos de alta qualidade e, mais importante, entregas rápidas e confiáveis.”
Desta forma, para aumentar a satisfação do cliente, pequenos retalhistas podem se beneficiar da velocidade e do controlo de stocks oferecido por uma solução baseada em sistemas ASMR (automated storage and retrieval system). Defende a Logistics Manager que, assim, será possível “eliminar a separação manual de pedidos”, o que permite “acelerar imensamente o processo de atendimento ao mesmo tempo que se eliminam os erros típicos de separação”.
Outra das dinâmicas que se antecipam para o mercado são os minihubs de atendimento ao cliente. Com a adesão ao e-commerce ainda em crescimento, os consumidores pedem hoje experiências baseadas no tempo de espera para terem acesso aos produtos que necessitam. O consumidor já não quer esperar por suas compras, e sistemas de entrega no mesmo dia ou no dia seguinte, além das opções de clicar e retirar, estão cada vez mais em voga.
Como tal, e como o tempo de entrega está diretamente relacionado à distância a percorrer, a logística de última milha representa um obstáculo significativo para os retalhistas, independentemente de serem retalhistas de grande ou pequena dimensão.
Apostar em minihubs de atendimento quase local pode ser a chave para ‘ganhar’ ou ‘prender’ clientes. “Conhecidos como microcentros de atendimento (MFCs), estes espaços permitem custos de transporte mais baixos, garantem melhor controlo e rastreamento de stocks e facilitam devoluções mais rápidas e fáceis”.
Quer seja apostando em dark stores, lojas sem frente de venda ao consumidor, ou espaços de logística dentro de espaços comerciais, apenas dedicados a esta função mais logística, torna-se essencial, pelo que automatizar toda esta ‘jornada’ dentro do armazém pode também facilitar processos.
Por fim, a automação como serviço (AaaS) pode também beneficiar retalhistas que estão ainda a ganhar escala. “Investir numa solução de intralogística automatizada é um grande passo, e nem todas as empresas podem se dar ao luxo ou querem dar o salto, a menos que estejam totalmente convencidas de que é a melhor opção para elas”, começa por referir-se neste ponto.
Um modelo de AaaS poderá permitir aos retalhistas partilharem eventuais custos, ficando apenas responsáveis pelo pagamento de um leasing ou taxa de utilização do serviço. Além disso, será possível adaptar a solução à necessidade, cortando em serviços que, na realidade, podem ter pouca expressividade ou utilidade na operação de um retalhista dada a sua dimensão atual.