Quem faz uso da Estrada Nacional 3, principalmente no troço entre Carregado e Azambuja, facilmente se apercebe da imensidão de camiões que a percorrem durante as 24 horas do dia.
Uma percentagem muito grande deste tráfego tem como origem ou destino os Centros de Distribuição das grandes insígnias do nosso país, nomeadamente, Sonae, Jerónimo Martins, Auchan ou Staples. Para além dos Centros de Distribuição, são também muitos os operadores logísticos que estão estabelecidos nesta área.
Nos tempos que correm, onde os termos produtividade, sinergia e economias de escala estão na agenda diária dos média, dos nossos governantes e até mesmo nas nossas agendas, dou por mim a tentar perceber quantos destes camiões regressam e partem desta zona vazios, porém nem me atrevo a alvitrar um número, um percentual.
Num tempo onde todos os dias somos solicitados para receber empresas que desenvolvem softwares para optimização de tudo e mais um par de botas, será que ainda ninguém pensou em fazer um levantamento de todo o tipo de actividades desta zona, mapeá-las, tentar percepcionar os fluxos e apresentar um modelo que minimizasse este desperdício?
Desenvolver uma base de dados de consulta fácil, onde estariam expostos todos os recursos disponíveis nesta zona, em determinado horário, com valores pré acordados por palete/M3/camião/whatever, definido por zona, características do camião, entre outros critérios adequados a esta realidade. Seria com toda a certeza um ponto de partida para reduzir a imensidão de ar transportada nos camiões.

