“O que ontem era importante hoje é urgente: Portugal não pode perder mais tempo, não pode continuar a enviar 1,5 mil milhões de embalagens por ano para inceneração”, defende Leonardo Mathias, o presidente do SDR Portugal, associação sem fins lucrativos candidata à licença de gestão do futuro Sistema de Depósito e Reembolso (SDR) de embalagens de bebidas de uso único a criar em Portugal.
Durante a 2ª Conferência SDR Portugal – Economia Circular e Inovação, o responsável reforçou que “o SDR é a melhor solução para Portugal, pois prioriza a eficiência dos processos e dos recursos, alavancando o papel de cada um dos agentes do setor dos resíduos, mas também a responsabilidade do cidadão comos elementos determinantes na circularidade que se perspetiva instituir”.
O evento contou ainda com o secretário de Estado do Ambiente, Hugo Polido Pires. O responsável assumiu que o Governo está em falta com os portugueses pelo atraso na publicação do UNILEX, mas manteve a confiança no prazo estipulado para a promulgação do decreto-lei que regulamentará o SDR.
“Assumo o compromisso, enquanto governante, de que tudo farei para que o Sistema de Depósito e Reembolso português veja a luz do dia o mais brevemente possível para que possamos encaminhar o país rumo ao cumprimento das metas estipuladas pela União Europeia”, declarou.
No seu entender, o “SDR é um sistema que permitirá assegurar uma melhor gestão dos resíduos que produzimos, capacitando Portugal perante um dos maiores desafios do nosso tempo”.
Finalmente, o presidente da Associação Europeia dos Sistemas Nacionais de Depósito e Reembolso, Kaupo Karba anunciou que “é expectável que vários países europeus adiram ao SDR nos próximos anos: Roménia e Hungria em 2023; Irlanda em 2024 e Grécia, Chipre, Áustria e Portugal em 2025”.