As novas regras europeias em vigor no transporte marítimo desde dia 1 de janeiro estão a causar apreensão entre os armadores. Segundo o explicado, com legislação mais apertada relativamente a utilização de combustíveis mais amigos do ambiente, prevê-se que os custos possam aumentar.
Segundo o noticiado pela European Supermarket Magazine, os armadores esperam aumentos dos custos de transporte, embora as empresas com embarcações que podem operar com combustíveis alternativos, como biodiesel e GNL, sejam beneficiadas.
Mas de que falamos? Pois bem, o regulamento marítimo FuelEU exige, desde 1 de janeiro, que os navios comerciais com arqueação bruta acima de 5.000 toneladas, que operem em portos da UE, reduzam as emissões de combustíveis marítimos, também chamados de combustíveis de bunker, ou paguem multas.
“É importante entendermos que a descarbonização do transporte marítimo será inflacionária, pois as taxas de frete serão impactadas”, disse Kenneth Tveter, chefe de transição verde da corretora de transporte marítimo Clarksons.
Mattia Ferracchiato, chefe de mercados de carbono da corretora de navios BRS, também afirmou que as taxas de frete terão de aumentar, pois os navios terão de pagar um prémio por combustíveis mais ecológicos ou uma multa por não cumprirem com a sua incorporação.
As penalidades da FuelEU podem equivaler a 3% do custo total do frete de um navio-tanque transportando cerca de 70.000 toneladas métricas de petróleo bruto ou óleo combustível entre o Golfo dos EUA e Roterdão, mostram cálculos da BRS.
“A oferta de biocombustíveis é limitada e a concorrência será acirrada, especialmente por parte do setor de aviação”, disse Tveter, da Clarksons.