A Hays analisou os sectores que, nos 27 países em que se encontra presente, não foram afectados pela época de instabilidade económica a nível mundial e partilha agora os resultados da sua investigação.
Um dos sectores que, segundo a empresa, sobreviveu e conseguiu fornecer maiores aumentos salariais é o que engloba o consumo alimentar e produtos de higiene, sobretudo os de primeira necessidade. Assim, os alimentos básicos não só conseguiram manter-se no mercado, como ainda superaram os seus desempenhos, proporcionando até 20% de aumentos salariais.
Outro dos sectores beneficiados foi o do fast food, que se ?aproveitou? da necessidade dos consumidores de mudarem alguns dos seus hábitos de consumo e de se adaptarem a «outro tipo de alimentos economicamente mais acessíveis, abrindo desta forma uma margem de crescimento superior para as marcas próprias».
Continua o estudo dizendo que no que diz respeito às tecnologias de informação, «o sector está assegurado e continua em passo firme no mercado, tal como no ano passado». O que significa que a procura continua constante, uma vez que este mercado é visto pelas empresas como uma forma de optimização dos processos, quer a nível de organização interna dos departamentos, quer no que diz respeito ao outsourcing.
O sector dos cuidados primários de saúde continua a ter necessidade de profissionais especializados com a mesma urgência de anos anteriores.
Por outro lado, uma das consequências mais visíveis da crise, os processos de despedimento e de falência das empresas, estão a saturar os tribunais, o que faz com que o sector jurídico, laboral e contencioso estejam com bastante dinâmica.
E porque esta é uma época em que vender se torna tão urgente como saldar dívidas ou cobrá-las, no caso dos «perfis financeiros, os controllers de crédito e os analistas de negócio são os mais procurados», sendo também «uma mais-valia contar com talento para analisar e investigar a concorrência e os futuros mercados em que as empresas pensam operar».
No sector da comunicação, «a Internet conseguiu resistir à diminuição do investimento publicitário. A crescente valorização deste meio e a sua relativa competitividade de preços face aos meios mais ortodoxos conseguiu captar novos investimentos».
Conclui o estudo dizendo que a transformação de tendências se vive «em todos os sectores profissionais que, devido à crise, não tiveram outra hipótese senão a de mudar de orientação, até mesmo do ponto de vista dos consumidores e de hábitos».
