D.R. O Lidl apresentou esta quarta-feira, dia 26 de junho, o seu relatório anual de impacto na economia portuguesa em termos de exportações, apresentando um crescimento de 18% face aos valores apurados em 2022.
Em conferência de imprensa, Bruno Pereira, administrador de compras do LIDL Portugal, alicerçado no estudo da consultora Forvis Mazars, assinalou o valor de 289 milhões de euros como valor de impacto gerado na economia portuguesa, fruto dos 156 milhões de euros de produtos exportados.
Em termos de mercados, os produtos portugueses, à boleia do LIDL, estão presentes em 29 dos 32 mercados onde a retalhista está presente. Excluindo Portugal, os produtos portugueses ficam ‘de fora’ apenas do mercado dos Estados Unidos e de Malta. Ainda em termos de dispersão geográfica, Alemanha, Espanha e França continuam a ser os mercados que mais produtos portugueses absorvem.
Com um conjunto de mais de 100 fornecedores a colaborar com a insígnia do retalho alimentar, fruto das exportações facilitadas pelo LIDL, as forças de trabalho cresceram, de 2022 para 2023, 32%, atingindo-se agora os 6520 postos de trabalho.
Em termos de produtos, Frutas e Legumes, Vinhos e Licores, Peixe e Conservas de Peixe foram os que maior valor geraram em termos absolutos, conseguindo exportações, respetivamente, na ordem dos 57,5 milhões de euros, 24,2 milhões de euros e 13,1 milhões de euros.
Pedro Silva (Mazars), à esquerda, e Bruno Pereira (LIDL), à direita
“Vamos partilhar alguns números, mas, uma vez mais, nada disto seria possível sem a parceria com os nossos produtores nacionais, que na verdade são eles que fazem tudo acontecer. Eles é que são o nosso motivo de orgulho e que conseguem levar tudo o que fazemos de bom a toda a Europa“, começou por referir Bruno Pereira, dando depois mais detalhes.
“Estamos a falar de cerca de 2% do total de exportações do setor agroalimentar português para a União Europeia, que são feitas através das lojas do nosso grupo Lidl. De forma global, por cada euro investido na economia nacional gera-se um valor de 1,85 euros de riqueza global, seja por efeitos diretos, indiretos ou induzidos”, detalhou, abrindo espaço para a explicação de Pedro Silva, da Mazars.
“Há dois ou três fatores que nós, quando estivermos a fazer o trabalho, gostaríamos de realçar. O primeiro era: nós estávamos a sair – estes dados são de 2023, é importante termos isso em noção – de uma pressão muito grande sobre as cadeias de abastecimento a nível internacional e este processo [de exportações] continuou a funcionar corretamente. Ou seja, não houve grandes impactos a este nível e isso também é mérito da forma como todo este processo está montado. Como sabem, a nível internacional as cadeias de abastecimento não funcionaram muito bem até ao ano passado. Ainda hoje temos alguns impactos”, começou por referir.
Infografia_Exportações Lidl 2023
“Por outro lado, nós estamos a falar de uma economia que no ano passado teve um PIB a crescer 2.3% e uma inflação de 4% e qualquer coisa. Mas estamos a falar de crescimentos de 18% em termos de riqueza e 32% em termos de emprego. Ou seja, claramente acima daquilo que foi a geração de riqueza natural no país e da própria inflação. Crescemos muito acima destes dois indicadores, o que são bons pontos de referência para percebermos o sucesso desta mesma iniciativa e deste papel do LIDL”, afirmou o responsável da Mazars.
