A cadeia de supermercados DIA anunciou esta quinta-feira, dia 13 de maio, ter reduzido, no primeiro trimestre do ano, as suas perdas na casa dos 55%. Segundo o comunicado pela insígnia, este resultado deve-se, sobretudo, pelo aumento das vendas líquidas do Grupo em 2,3%, sendo que a desvalorização do real brasileiro e do peso argentino terão tido impacto negativo.
De acordo com o comunicado pela marca, “as prioridades em 2021 centram-se na melhoria da oferta comercial, no arranque do modelo atualizado de franquia, na renovação das lojas, na expansão do serviço online e nas melhorias operativas”, lembrando a empresa estar na ‘posse’ de um “acordo com credores sindicados, obrigacionistas e o acionista de referência que estabelece uma estrutura de capital sustentável a longo prazo”.
Em reação a estes resultados, o presidente executivo da DIA, Stephan DuCharme, afirmou estar satisfeito com este arranque de ano, lembrando a importância do acordo alcançado com credores, obrigacionistas e o acionista de referência do DIA.
“A melhoria na Margem Brutas e no EBITDA ajustado são exemplo do contínuo impacto positivo das melhorias operativas e comerciais levadas a cabo e que estão centradas em desenvolver vínculos a longo prazo com todos os grupos de interesse, especialmente com os nossos clientes. A extraordinária procura que os distribuidores de alimentação registaram durante todos os meses de confinamento em 2020 vai ter impacto nos resultados comparativos em termos interanuais durante 2021, pelo que nos mantemos prudentes perante o ambiente que está por chegar”, começou por referir.
“Graças ao histórico acordo alcançado com os credores sindicados, os obrigacionistas e o nosso acionista de referência, a DIA encontra-se em posição de reduzir substancialmente o seu endividamento e de acelerar o seu plano de transformação do negócio, melhorando em última instância a nossa posição como fornecedor moderno e de proximidade no sector da alimentação para criar valor futuro em benefício de todos os grupos de interesse”, terminou sobre este tema.
Confira os pontos-chave dos resultados hoje apresentados:
As Vendas Líquidas do Grupo foram afetadas pela desvalorização do real brasileiro (26%) e do peso argentino (36%); os resultados em moeda local estão sólidos, com um aumento das Vendas Líquidas do Grupo em 2,3% em euros constantes, apesar da redução de 6,2% no número de lojas.
As Vendas Comparáveis (Like-for-Like) do Grupo foram sólidas em janeiro e fevereiro, graças à melhoria dos resultados comerciais e operativos. A comparação com os resultados de março foi afetada pelo período de compras excecionais antes do confinamento ocorrido em 2020 devido à Covid-19.
O Lucro Bruto (como percentagem de Vendas Líquidas) aumentou para 21,9% dos 21,1% no ano, graças às melhorias operativas implementadas desde finais de 2019.
O EBITDA Ajustado situou-se em terreno positivo nos 0,5% em percentagem das Vendas Líquidas.
O Resultado Líquido melhora e representa menos de metade das perdas reconhecidas durante o mesmo período do ano anterior, graças à melhoria do EBITDA Ajustado e à eficaz gestão do risco do tipo de câmbio.
Liquidez disponível de 293 milhões (dezembro de 2020: 397 milhões), da qual 80% em forma de dinheiro ou equivalente a dinheiro.
Dívida Financeira Líquida (ex NIIF16): 1.344 milhões o que representa um aumento de 68 milhões relativamente a dezembro de 2020 devido ao fluxo de dinheiro procedente das operações que se manteve plano, ao controlo dos gastos de investimento (“Capex”) e à estabilidade do capital circulante.