A Confederação dos Serviços de Portugal (CSP) emitiu esta terça-feira (25 de outubro) um comunicado em que afirma que o sector terciário “é o mais penalizado com o recente adicional ao IMI proposto no Orçamento do Estado para 2017”.
A medida fiscal que consta do Orçamento do Estado para 2017 abrange todos os subsetores, com exceção dos imóveis vocacionados para o turismo, o que segundo a CSP afetará “a estrutura de custos e os incentivos ao investimento de um vasto número de operadores económicos do sector terciário. Com efeito, ela afetará áreas tão diversificadas como centros comerciais, telecomunicações, distribuição, comércio grossista e eletrónico, saúde, transportes expresso, comunicação comercial, consultadoria empresarial, tecnologias de informação, segurança privada e estudos de mercado.”
Jorge Jordão, presidente da CSP, considera este novo imposto “discriminatório e desincentivador do investimento de que tanto necessitamos para relançar a economia do nosso País. Confiamos que, em sede parlamentar, durante o debate na especialidade do Orçamento do Estado, este assunto seja amplamente debatido”.
“A criação deste novo imposto sobre o património imobiliário vem verdadeiramente ao arrepio de um ambiente atrativo para o investimento, gerador de emprego e de crescimento económico”, conclui.
Também a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) já se tinha pronunciado na passada semana, referindo que este imposto “é, na prática, um novo imposto aplicado à Distribuição” e que “deverá ter um impacto de 20 milhões de euros num setor que, mesmo nos tempos em que Portugal esteve sob assistência financeira, nunca deixou de investir, promover o emprego e apresentar propostas de valor para o consumidor.”