. Esta análise inclui as empresas nacionais Jerónimo Martins SGPS, SA, que surge em 85.º lugar no ranking, e Sonae SGPS, SA, em 139.º lugar, e que desde 2004 até 2009 conheceram um crescimento anual de 17,1% e 4,2%, respectivamente.
De acordo com o relatório, «estes resultados podem ser explicados pela crise económica global que levou a um comportamento mais cauteloso por parte do consumidor e a uma secagem total do crédito disponível. No entanto, os esforços de muitas empresas para cortar custos e ajustar os níveis de inventário valeram a pena, com o lucro líquido do total dos 250 maiores retalhistas a aumentar de 2,4% em 2008, para 3,1% em 2009”.
Em 2009, apenas 13 empresas operaram com perdas – menos de metade do número de empresas não rentáveis em 2008. A rentabilidade melhorou em todos os sectores de produtos, com os retalhistas do sector da moda com um desempenho particularmente forte, a aumentar a sua margem de lucro de 4,1% para 7,6%, contra um crescimento global de vendas de apenas 0,7%.
Segundo Ira Kalish, director of Consumer Business da Deloitte Research, parte da Deloitte Services LP nos Estados Unidos, “estes dados demonstram os esforços dos retalhistas em todo o mundo para gerir a linha de fundo. Há apenas um ano atrás reportámos uma queda de lucros nos retalhistas devido aos cortes dos consumidores, e o excesso de stocks levou a grandes descontos. Os retalhistas agiram com rapidez para identificar onde é possível economizar e estão a colher os benefícios”.
“Será mais difícil para os retalhistas continuar a aumentar os lucros através destas medidas, pelo que estão à espera que a recuperação económica coloque o crescimento das vendas no caminho certo. No entanto, com 2011 a começar, os retalhistas preocupam-se com a procura insuficiente nos países desenvolvidos e excessiva nos países emergentes. Também enfrentam preocupações com a volatilidade da taxa de câmbio, a mudança na política fiscal e a sustentabilidade da recuperação em alguns mercados”, acrescentou.
Na verdade, cada região sofreu uma queda no crescimento das vendas, mas todas as regiões registaram um aumento de rentabilidade, com excepção de África e do Médio Oriente. O maior crescimento foi na América Latina, com o aumento da margem de lucro de 1,4% para 3,3%. Os retalhistas nos EUA viram aumentar a rentabilidade em pouco mais de 1% para 3,4% no ano fiscal de 2009, enquanto os do Reino Unido tiveram a maior margem de lucro de qualquer outro país, com 3,5% (acima dos 2,5% em 2008) e também uma das maiores taxas de crescimento (7,1%).
A composição dos 10 maiores retalhistas do mundo permaneceu a mesma no ano fiscal de 2009. No entanto, as vendas diminuíram para quatro do Top 10 – Carrefour SA, Metro AG, Costco Wholesale Corporation (Costco) e The Home Depot, Inc. (Home Depot). Outros três viram as vendas crescer 1% ou menos. Tesco plc, Schwarz Unternehmens Treuhand KG (Schwarz) e Aldi GmbH & Co. (Aldi) foram as únicas empresas entre o Top 10, cujo crescimento de vendas superou a média do Top 250.
Top 10 dos retalhistas
Empresa |
País de Origem |
Ranking |
Vendas 2009 (US$mil) |
CAGR 2004-2009 (%) |
Wal-Mart |
EUA |
1 |
405,046 |
7.3 |
Carrefour |
França |
2 |
119,887 |
3.4 |
Metro |
Alemanha |
3 |
90,850 |
3 |
Tesco |
Reino Unido |
4 |
90,435 |
10.9 |
Schwarz |
Alemanha |
5 |
77,221 |
9.8 |
The Kroger Co. |
EUA |
6 |
76,733 |
6.3 |
Costco |
EUA |
7 |
69,889 |
8.2 |
Aldi |
Alemanha |
8 |
67,709 |
6.3 |
Home Depot |
EUA |
9 |
66,176 |
-2 |
Target Corp. |
EUA |
10 |
63,435 |
6.8 |
Para fazer o download de uma cópia do 2011 Global Powers of Retailing, vá aqui.