O acto de compra – receber e pagar por bens – continuará a ser facilitado nos próximos dez anos. Esta é uma das conclusões apresentadas no 6.° capítulo do estudo Retail 2020, denominado «Easy Shopping» agora divulgado pela Jones Lang LaSalle. Este estudo apresenta as perspectivas para os próximos 10 anos, sobre o panorama global de retalho.
«O ritmo da mudança tecnológica levará o consumidor a procurar melhorias no sector de retalho. As tecnologias como a RFID (Identificação por Rádio Frequência) e a NFC (Comunicação em Área Próxima -i.e. Near Field Communictaion) parecem estar em posição de revolucionar os sistemas de pagamento, ao ponto de vermos, ainda até final da década, as ruas europeias com lojas abertas 24 horas e sem empregados», pode-se ler em comunicado da empresa.
Outro dos pontos sublinhados no estudo é que as compras serão também facilitadas através dos avanços na logística. O comércio online para vingar irá precisar de ter um nível de satisfação, no que diz respeito às compras, extraordinária. Para isso, as entregas em casa tornar-se-ão mais baratas e mais rápidas, especialmente nas áreas urbanas, sendo que em muitos casos estas terão que ser executadas apenas duas horas após a recepção dos pedidos. As entregas tornar-se-ão igualmente mais flexíveis, ocorrendo quando os consumidores estão em casa ou no trabalho e de acordo com a sua conveniência. Será normal o aparecimento de locais ou modos de entrega alternartivos, «desde os drive-thrus até pontos de recolha centralizados, tais como postos de abastecimento, lavandarias ou mesmo locais criados especificamente para esse propósito».
Para Manuel Puig, director-geral da Jones Lang LaSalle Portugal, «para conseguir captar a atenção dos consumidores, os retalhistas terão de fazer um grande esforço para adaptar as suas campanhas de marketing, uma vez que as tradicionais campanhas poderão ficar desadequadas. O principal agente desta mudança será a Internet, com o diálogo que irá provocar entre retalhistas e consumidores. Com o crescimento das novas tecnologias, os retalhistas irão passar a formar parte das relações sociais dos consumidores e, para serem bem sucedidos, terão de proporcionar-lhes experiencias atractivas de consumo».