A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) pediu esta semana ao Infarmed e ao Ministério da Saúde uma revisão, “com urgência”, da lista de situações passíveis de automedicação com vista ao alargamento dos medicamentos não sujeitos a receita médica (MNSRM) de venda livre. A associação quer um alargamento da oferta disponível nos canais de venda, nomeadamente espaços de saúde e bem-estar da distribuição.
Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED, explica que “é imperativa a revisão desta lista para que o mercado dos MNSRM se torne mais competitivo e traga ao consumidor uma maior diversidade de produtos a preços ainda mais acessíveis. Importa dizer que, de acordo com dados da IQVIA, Portugal está na 24.ª posição entre os 28 Estados Membros da União Europeia com menor expressão de MNSRM face ao mercado de prescrição, uma realidade que não se coaduna com a maturidade e experiência demonstrada pelo mercado português, nomeadamente pelo setor do retalho e distribuição, nesta área”.
“A venda de MNSRM nos espaços de saúde teve início em 2006 e é feita desde então com total garantia de segurança, sendo apoiada por profissionais devidamente certificados e preparados para o aconselhamento”, acrescenta o diretor-geral da APED.
O apelo surge no dia em que foram conhecidos dados referentes à venda de MNSRM e que indicam que os preços praticados nos espaços de saúde são 14,7% inferiores aos praticados nas farmácias, de acordo com dados da APED relativos ao primeiro trimestre de 2018 e ao top cinco de vendas em unidades deste tipo de medicamento.