A Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA) anunciou através de comunicado a inevitável subida a curto prazo do preço do arroz para os consumidores.
As razões dadas para esta subida são várias e vão desde o aumento, a partir de 2004, dos preços da matéria-prima nacional, europeia e mundial; o aumento da procura mundial, quer para a alimentação humana, quer para a alimentação animal (rações), especialmente devido ao crescimento demográfico – a China e a Índia estão com aumentos de consumo de arroz muito elevados.
Por outro lado, a quebra da produção em alguns países produtores importantes, como a Guiana e a Índia, e baixa dos stocks mundiais (os mais baixos desde há 25 anos), provocada em muitos casos por condições climatéricas adversas que levam a quebras na produção e subidas de preço acentuadas (especialmente no arroz Agulha e Basmanti importado).
A associação aponta ainda como factores responsáveis pelo possível aumento dos preços, a subida de preços dos outros cereais (trigo, milho, cevada, etc.), que competem com o arroz, quer ao nível da produção, quer do consumo. A constante subida do preço do petróleo (cerca de 80,0 USD/barril) tem impulsionado a utilização dos cereais para a produção de biocombustíveis e o aumento brutal dos custos de transporte e sua escassez (barcos, contentores e pessoal especializado), devido ao aumento do comércio mundial (China, Índia, etc.), que têm tido uma consequência explosiva nos preços dos cereais e do arroz como matéria-prima: EUA +50%; Tailândia +40%; Vietname +40%; Guiana e Suriname +40% (segundo o FAO). Como resultado, os preços da matéria-prima na Europa também se agravaram.
