A The Kraft Heinz Company, um das maiores empresas alimentares a nível mundial, nomeou o português Miguel Patrício para CEO da companhia, substituindo Bernardo Hees.
Nascido em Mação, Miguel Patrício, que ocupará a liderança da companhia que detém marcas como Heinz (ketchup) ou Philadelphia (queijo), entrará em funções no próximo dia 1 de julho, referindo Alex Behring, chairman do board of diretors da Kraft Heinz que: “O Miguel é um líder empresarial com provas dadas e com um histórico de construção de marcas de consumo icónicas em todo o mundo, impulsionando crescimento de receita através do foco no marketing, inovação e desenvolvimento de pessoas”.
A nomeação de Miguel Patrício surge depois da companhia ter registado prejuízos superiores a 10 mil milhões de dólares (cerca de 9 mil milhões de euros), em 2018, quando no exercício anterior (2017) tinha obtido lucros de 8 mil milhões de dólares (cerca de 7 mil milhões de euros).
Antes desta nomeação, Miguel Patrício exercício o cargo de Global Chief Marketing Officer (2012 a 2018) na Anheuser-Busch InBev (AB InBev), onde liderou o desenvolvimento e estratégico das marcas globais Corona, Budweiser e Stella Artois, acelerando o crescimento das vendas orgânicas, representando mais de um terço do crescimento orgânico da AB InBev e mais de 20% da receita global do final de ano da maior cervejeira mundial.
Do seu curriculum fazem ainda parte passagens pela liderança da AB InBev na Ásia-Pacífico (de 2008 a 2012), presidente da América do Norte (de 2006 a 2008), ou empresas de consumo como Philip Morris, The Coca-Cola Company e Johnson & Johnson.
Após a comunicação da sua nomeação, Miguel Patrício referiu à cadeia norte-americana CNBC que “pretendo trazer uma visão muito diferente com a minha experiência na área do consumo alimentar”, concluindo ainda que “o meu perfil pode ajudar o futuro. Não é uma questão de gostar do que aconteceu, é uma questão de perceber o futuro. Temos de liderar, não seguir”.
Recorde-se que a Kraft Heinz nasce da fusão da Kraft Foods com a Heinz, num negócio que, em 2013, foi avaliado em 23 mil milhões de dólares, operação que teve como atores a Berkshire Hathaway e a 3G Capital.