A Câmara Municipal de Lisboa (CML) e o Electrão anunciaram ter recolhido mais de 5 mil eletrodomésticos, porta a porta, no município de Lisboa, desde o arranque da campanha em julho de 2021. A terceira fase da campanha, que passa a abranger as 24 freguesias do município, arrancou ontem, dia 16 de abril.
De acordo com o comunicado de imprensa enviado às redações, entre julho de 2021 e março de 2024, foram recolhidas, em Lisboa, mais de 170 toneladas de equipamentos elétricos, que foram encaminhados pelo Electrão para reciclagem.
“O projeto arrancou como piloto em apenas três freguesias: Ajuda, Alcântara e Belém. Entre setembro e dezembro de 2021, dada a adesão registada, a campanha foi alargada a mais 10 freguesias: Avenidas Novas, Arroios, Areeiro, Alvalade, Beato, Campolide, Marvila, Olivais, Parque das Nações e Santo António. Mais recentemente, passou a abranger todas as 24 freguesias do município”, refere o Electrão em comunicado de imprensa.
Arroios, uma das 13 freguesias onde a recolha já é feita desde 2021, foi a que enviou mais equipamentos para reciclagem, tendo sido recolhidos e enviados para reciclagem mais de 23,3 toneladas de equipamentos elétricos.
Em segundo lugar, situa-se Alvalade, com 21,2 toneladas. Avenidas Novas surge em terceiro lugar, com 19,1 toneladas recolhidas e enviadas para reciclagem e, de seguida, o Areeiro, com 13,8 toneladas.
No que toca às tipologias mais recolhidas e para as quantidades globais de equipamentos elétricos recolhidas em Lisboa contribuíram, destacam-se os grandes eletrodomésticos, como máquinas de lavar e secar, que ultrapassaram as 68 toneladas, ou seja, 40% do total recolhido.
De acordo com a comunicação, equipamentos como frigoríficos ou arcas congeladoras, corresponderam a uma fatia de 30% do total recolhido, em peso, o equivalente a mais de 50 toneladas. Seguem-se outros equipamentos de grandes dimensões, como painéis fotovoltaicos, máquinas de desporto ou equipamentos de reprodução de som e imagem, que representam 10%, cerca de 17 toneladas.
“Esta solução visa também dar resposta à problemática que constitui o mercado paralelo. Muitos equipamentos elétricos de grandes dimensões, que são colocados na via pública para serem transportados pelos serviços municipais, acabam por ser desviados do circuito oficial antes da chegada da viatura da autarquia”, salienta o Electrão.
Segundo o comunicado, as recolhas porta a porta permitem garantir que 99% dos equipamentos estão completos, “o que significa que todos os componentes nocivos para o ambiente podem ser eliminados em segurança em unidades especializadas. Esta prática promove, também, a redução de custos ambientais e de tratamento”.