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O que move os portugueses na hora de pagar? Estudo revela as verdadeiras motivações

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Num cenário de crescente digitalização e multiplicidade de opções, um novo estudo da DISTRIBUIÇÃO HOJE, em colaboração com a More Results, analisa em profundidade as motivações por detrás das escolhas de meios de pagamento dos consumidores portugueses. A investigação, que cruza dados geracionais, comportamentais e emocionais, procura responder à questão central: “O que procuram os consumidores na jornada de pagamento?”

Apesar das inovações tecnológicas, o consumidor português continua a privilegiar a segurança, a familiaridade e o conforto. Três fatores — segurança, conforto e hábito — revelam-se fundamentais no momento da escolha do meio de pagamento, moldando perceções sobre fiabilidade, rapidez, privacidade e controlo. O receio de fraudes, a falta de tangibilidade e a perda de controlo surgem como principais barreiras à adoção de novas soluções.

 

De acordo com Rita Amado, Operations Manager da More Results, fatores emocionais e contextuais também influenciam estas decisões, como “a confiança, a conveniência, a facilidade de resolução de problemas, o valor de compra, o estabelecimento, entre outros”.

Cartão de débito e MB WAY dominam preferência dos portugueses

 

Questionados sobre o meio de pagamento preferido, os consumidores destacam o cartão de débito e o MB WAY, valorizados pela sua praticidade, segurança e já forte presença no quotidiano. Em contrapartida, quando desafiados a eliminar um meio de pagamento, surgem as criptomoedas, os wearables e as soluções biométricas, tecnologias que ainda não conquistaram a confiança necessária, informa o estudo. A falta de familiaridade, a perceção de invasividade e a ausência de tangibilidade são apontadas como os principais entraves.

Tendências de pagamento: o que lidera nas lojas físicas e no e-commerce

 

Nos pontos de venda físicos, os pagamentos por contactless continuam a liderar (60,1%), seguidos dos cartões de débito (48,7%) e do MB WAY (47,6%). Já o dinheiro vivo (numerário), apesar da transformação digital, mantém-se relevante, sendo ainda utilizado por 42,1% dos consumidores — um reflexo do peso do hábito e da perceção de segurança.

No comércio online, a liderança passa para o MB WAY, usado por 51% dos inquiridos, seguido dos cartões de débito (43,4%) e da app do banco (27,4%). As carteiras digitais (24,8%) e os cartões de crédito (23,7%) também surgem como opções frequentes neste canal.

 

O desafio da confiança

O estudo revela que a tecnologia não é, por si só, a barreira. O desafio está na quebra de resistências emocionais e na construção de confiança. “O MB Way e as aplicações bancárias apresentam taxas elevadas de conhecimento e utilização – revelando uma forte relação de confiança e conveniência. Por outro lado, meios como carteiras digitais, Buy Now Pay Later (BNPL) ou soluções integradas ainda precisam de construir notoriedade, embora mostrem boas taxas de conversão. Já os outros dois meios (criptomedas e wearables) – com baixa notoriedade e adesão – parece que ainda não conquistaram confiança e não transmitem a segurança necessária para integrarem o dia-a-dia”, reforça Rita Amado.

Perfis comportamentais na utilização de meios de pagamento

Apesar das diferenças entre gerações – que revelam padrões e preferências distintos nos meios de pagamento –, a forma como os consumidores escolhem os meios de pagamento está mais ligada ao perfil comportamental do que à idade. Esta foi uma das grandes conclusões do estudo que identificou três grandes perfis transversais:

  • “Exploradores digitais” (50%)
    Predominantes nas gerações Z e Y, são os mais abertos à inovação. Têm uma relação confiante com a tecnologia, valorizam conveniência, rapidez e benefícios. Utilizam com frequência o MB Way e carteiras digitais, desde que a experiência seja simples e eficiente.
  • “Cautelosos digitais” (20%)
    Com maior presença nas gerações intermédias, adotam novas tecnologias de forma ponderada. Procuram segurança, clareza e fiabilidade. Utilizam cartões, apps bancárias e MB Way, mas apenas quando se sentem seguros e bem informados.
  • “Conservadores digitais” (30%)
    Mais comuns entre os consumidores mais velhos, este perfil é o mais resistente à mudança. Preferem meios tradicionais como dinheiro e cartão com PIN. Têm receio de fraude e exposição digital, privilegiando o controlo e a familiaridade. A confiança só é conquistada com simplicidade e segurança visível.

 

 

 

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