As caixas self-service, o Paypal e o MB Net são os meios de pagamento mais utilizados pelos consumidores portugueses. Segundo dados de um estudo divulgado pelo Cetelem, relativo a Literacia Financeira, 39% dos portugueses afirmam utilizar as caixas self-service disponíveis nos espaços comerciais e sentem-se confortáveis com a sua utilização.
Em seguida, na lista de preferências, surgem o serviço Paypal e o MB Net, utilizados por 22% e 15% dos inquiridos, respetivamente.
Todas as novas formas de pagamento analisadas neste estudo cresceram face a 2015, «mas é o serviço Paypal que mais se destaca, tendo duplicado a percentagem de utilizadores», segundo o Cetelem. Na realidade, durante o ano passado, apenas 10% dos portugueses declaravam usar este método de pagamento, «percentagem que chega agora aos 22%».
Além dos métodos já referidos, são também cada vez mais os consumidores a recorrer ao telemóvel (13%) e ao serviço MB Way (11%) na hora de pagar as suas compras.
Ao contrário, o cartão contactless, que permite pagamentos inferiores a 20 euros sem introduzir o PIN, conquista ainda poucos consumidores sendo que apenas 9% dos inquiridos «afirmam sentirem-se confortáveis com a sua utilização».
De resto, a questão da Literacia Financeira foi abordada pelo Cetelem neste estudo, de forma mais abrangente tentando-se perceber qual a percentagem de portugueses que conhece com exatidão os seus rendimentos e despesas. Feitas as contas, apenas 41% diz conhecer bem os seus rendimentos e 25% as suas despesas mensais. Os valores diminuíram face a 2015.
Diz ainda o Cetelem que «mais de um terço dos portugueses tem por hábito realizar poupanças», mas, na verdade, «apenas 13% preparam a sua reforma».
Uma outra conclusão interessante diz respeito ao facto de não existir um forte conhecimento das expressões financeiras, sendo que «os portugueses sentem necessidade de ter formação financeira nas áreas de gestão orçamental e produtos financeiros», diz ainda o estudo do Cetelem.
 Este trabalho sobre a Literacia Financeira foi realizado entre os dias 16 e 19 de fevereiro em colaboração com a Nielsen, através de 500 entrevistas telefónicas a portugueses de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 18 e os 65 anos, residentes em Portugal. O erro máximo é de +4.4 para um intervalo de confiança de 95%.