Porque precisa a indústria financeira de um CSO – Chief Sustainable Officer
Atualmente a sustentabilidade é um tema central para qualquer organização, inclusivamente, para as empresas da indústria financeira. Dispor de um responsável para a sustentabilidade nas empresas do setor financeiro é uma prática que começa a ser mais comum e, segundo um estudo da Deloitte, o CSO – Chief Sustainable Officer pode ganhar proeminência nos próximos dois anos. Esse estudo contou com a participação de 80 especialistas em sustentabilidade ligados à área financeira que apresentaram as suas perspetivas quanto ao papel e razões para a organização dispor de um CSO.
Porque um CSO? As razões para nomear um CSO são estratégicas:
- Mudanças céleres e com impactos significativos: Por um lado, as mudanças no ambiente externo à organização, além de a condicionarem, ocorrem mais rapidamente que as mudanças internas, o que obriga a interpretar as mudanças externas no que diz respeito à sustentabilidade e a trabalhar as respetivas consequências estratégicas e impactos para a organização.
- Expectativas dos Por outro lado, é necessário responder e gerir as espectativas dos stakeholders – cada vez mais críticos, atentos e envolvidos nas questões da sustentabilidade.
- Gestão de riscos. Além disso, o reconhecer da sustentabilidade como estratégica leva à consciência da importância dos riscos ESG (ambientais, sociais e de governance), também eles estratégicos, e da necessidade de os identificar, mensurar e acompanhar.
O CSO tem quatro importantes funções:
- Dar sentido ao ambiente externo e trazer esse novo olhar para dentro da organização.
- Ajudar a alinhar as equipas, envolvendo-as, educando-as e conectando-as com os assuntos e as dimensões da sustentabilidade.
- Influenciar, comunicar e assegurar que os compromissos de sustentabilidade da organização são cumpridos.
- Alinhar todo o modelo de negócio com uma estratégia de sustentabilidade.
O CSO tem também um papel cada vez mais crítico na governance de instituições financeiras, contribuindo para:
- Estabelecer estruturas de governance que garantam a consideração adequada dos riscos não financeiros – riscos ESG.
- Contribuir para moldar a agenda sobre riscos globais, sistemas de auditoria, métricas de avaliação e análise de tendências, à luz das diferentes dimensões da sustentabilidade.
99% dos especialistas consultados consideram que que o papel do CSO na indústria financeira tornar-se-á mais importante no curto e médio prazo. Mesmo numa perspetiva a cinco anos, 70% reconhecem que essa posição continuará a afirmar-se e a ser necessária no setor, dando uma contribuição única para os desafios de sustentabilidade que todos enfrentamos.