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Consumo

Consumidores têm mais confiança no retalho do que nas instituições financeiras

Consumidores têm mais confiança no retalho do que nas instituições financeiras
Os consumidores europeus confiam mais os seus dados pessoais a supermercados do que a instituições financeiras, plataformas digitais ou redes sociais e, nalguns casos, mais do que a governos ou instituições médicas. A conclusão é do estudo The consumer data give and take, da Deloitte e da Ahold Delhaize, e analisa 15 países europeus.

De acordo com o estudo, existe uma maior predisposição dos consumidores para partilhar os seus dados com as cadeias de retalho alimentar – com apenas 30% dos entrevistados a indicar que não estão dispostos a partilhar os seus dados – verificando-se um maior grau de favorabilidade em relação aos supermercados quando comparados com negócios não-retalhistas como instituições financeiras, plataformas digitais e redes sociais.

As únicas organizações a quem os consumidores revelam confiar mais os seus dados são serviços médicos e instituições governamentais e nalguns países os supermercados chegam mesmo a ultrapassar essas organizações.

 

“Os retalhistas têm hoje uma grande quantidade de dados à sua disposição e as principais cadeias estão a fazer um esforço no sentido de utilizar essa informação para benefício dos próprios consumidores, das suas organizações e dos seus parceiros. Estes indicadores podem representar uma enorme oportunidade para o setor do retalho que assume um papel determinante na vida dos consumidores”, explica Duarte Galhardas, partner e líder de Consumer da Deloitte.

Além disso, o estudo mostra que a idade e o comportamento online são os parâmetros com correlações mais fortes com as perceções de dados do consumidor: de acordo com o estudo há uma maior disposição para partilhar dados pessoais entre os consumidores mais jovens e aqueles que compram online com maior frequência.

 

Os jovens entre os 18 e os 29 anos de idade estão mais dispostos a partilhar dados pessoais (média de 3,1 na escala de 1 a 5) do que aqueles com 60 anos ou mais (2,6), assim como aqueles que realizam compras online com frequência, que estão também mais dispostos a partilhar as suas informações – a média de pessoas que compram online semanalmente foi de 3,3 (numa escala de 1 a 5), em comparação com 2,7 para aqueles que nunca fizeram compras online.

Quando questionados sobre a sua vontade em partilhar 18 tipos de informações pessoais, como dados demográficos e informações sobre saúde e rendimento, os entrevistados revelaram, em geral, estar dispostos a partilhar dados demográficos e informação sobre os produtos que compram e respetiva frequência – 59% estão “muito dispostos ou “de alguma forma dispostos” a partilhar dados sobre a compra de produtos e o seu nível de escolaridade. Quase 40% dos entrevistados estão dispostos a partilhar informações detalhadas sobre saúde, como alergias e frequência cardíaca, mas apenas 28% estão dispostos a partilhar dados de localização. A resistência mais forte está na partilha de informações financeiras, com dois terços dos entrevistados “nem um pouco dispostos” a partilhar as suas transações em contas bancárias.

 

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