Depois do passo em frente, aí está o passo atrás que o Primeiro-ministro, António Costa, disse que não tinha problema em dar se o desconfinamento começasse a correr mal.
A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), contudo, já veio afirmar “não compreender esta decisão”, reiterando que os centros comerciais “cumprem todas as regras de segurança sanitária decorrentes da lei, as recomendações da Direcção-Geral da Saúde e as melhores práticas promovidas pela indústria a nível global, mantendo-se como espaços seguros, e um aliado no combate eficaz à propagação do novo coronavírus”.
António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, admite, em comunicado, “compreender a preocupação do Governo e das autoridades de saúde em minimizar os riscos de ajuntamentos à margem das regras em vigor”, referindo, no entanto, que “os centros comerciais, pelas características da sua operação, e por cumprirem regras de limitação de entradas, não têm nem nunca tiveram ajuntamentos”.
Por isso, “limitar o horário de funcionamento dos centros comerciais na Área Metropolitana de Lisboa pode potenciar uma maior concentração de pessoas, e isso é precisamente o contrário do que queremos que aconteça”, salienta o presidente da APCC. Adicionalmente, “continuamos a criar fatores de incerteza com impactos negativos na operação dos centros, dos seus lojistas e na confiança dos visitantes”, destaca António Sampaio de Mattos.
De resto, o responsável pela associação salienta que “os centros comerciais associados da APCC investiram milhões de euros para adaptar os seus espaços e formar as suas equipas de modo a continuar a garantir a visitantes, lojistas e colaboradores das lojas todas as condições de segurança sanitária, cumprindo não apenas as regras estabelecidas pelo executivo e as recomendações da Direcção-Geral da Saúde, mas também as melhores práticas desta indústria a nível global”.
Das 8600 lojas que integram os centros comerciais associados da APCC, 8483 estão em funcionamento, ou seja, 99% destes espaços estão de portas abertas, divulgou esta segunda-feira a associação, que representa 93 conjuntos comerciais e mais de 90% da área bruta locável total existente em Portugal.