Apenas 4% dos consumidores nacionais afirmam conseguir poupar com regularidade mensal, menos pessoas do que em 2015 (8%). A conclusão é do mais recente estudo do Observador Cetelem, que indica também que em 2014, eram 30% os portugueses que revelavam conseguir poupar todos os meses, uma percentagem largamente superior.
O estudo mostra também que a maioria dos inquiridos (59%) não faz qualquer tipo de poupança e, para aqueles que fazem, o método de poupança preferido é a transferência para conta a prazo (20%). O mealheiro tradicional, que em 2015 era a principal forma de poupança, perdeu este ano adeptos, passando a ocupar a segunda posição (9%). Por outro lado, apenas 2% dos consumidores nacionais optam pelos investimentos em produtos bancários, como os PPR’s, as ações e as obrigações.
Como refere o Observador Cetelem, “face a 2015, há uma clara diminuição do hábito de fazer poupanças. No ano passado, 47% dos portugueses declaravam economizar de alguma forma, percentagem que caiu agora para os 36%. No total de inquiridos, 29% afirmam poupar sempre que possível, ou seja, quando sobra algum dinheiro no final do mês e somente 4% dos consumidores declaram fazê-lo com uma regularidade mensal. Há ainda uma minoria (3%) a confessar fazer poupanças, mas apenas de forma pontual, com os subsídios de Natal e férias, por exemplo.”
“Constatámos que o peso das despesas fixas mensais é cada vez maior e que há portugueses que revelam ter dificuldades em fazer face a esses gastos. Consequentemente, no final do mês, torna-se ainda mais difícil colocar dinheiro de lado. É por isso fundamental promover os bons hábitos de gestão orçamental junto dos consumidores, pois só com controlo e método é possível poupar de uma forma regular”, explica Diogo Lopes Pereira, diretor de marketing de Cetelem.