A área do Marketing é uma das que mais frequentemente sofre alterações com a volatilidade do mercado e com a emergência de novas tendências. A pensar nestas mudanças, o website Retail Touchpoints publicou recentemente um artigo de Carl Tsukahara, Chief Marketing Officer da Optimizely, empresa que desenvolve software para otimização da experiência do cliente. Contamos-lhe o que vai, afinal, mudar no Marketing do Retalho em 2018.
Retalhistas com a melhor experiência serão os verdadeiros vencedores
De acordo com o especialista, no próximo ano, os melhores retalhistas serão aqueles capazes de oferecer a melhor experiência aos seus clientes. Com esse propósito, a marca de colchões Casper criou um blog em que publica conteúdos que os leitores podem partilhar nas redes sociais, conseguindo criar uma comunidade de seguidores fiéis. No próximo ano iremos ver cada vez mais marcas a focarem-se no storytelling para conseguirem criar uma comunidade de seguidores, engagement e fidelizarem clientes.
Experiência omnicanal atinge novo patamar
A consultora Gartner prevê nos próximos anos uma escalada daquilo a que chama a “realidade mista”, com os utilizadores a interagirem com o mundo real e com o digital em paralelo de forma a criar uma experiência imersiva. De acordo com Carl Tsukahara, haverá uma evolução no conceito de comércio omnicanal, em que as opções eram comprar ou nas lojas físicas ou online.
“Hoje a experiência do cliente vai muito além desses dois canais. Os pontos de contacto que não existiam há dois anos atrás – Alexa/Google Voice, realidade virtual, veículos conectados, programação OTT – vêm agora adicionar maior complexidade a este conceito. Os marketeers e os developers devem trabalhar em conjunto para criar experiências personalizadas e conectadas. Os vários pontos de contacto já não podem ser considerados separadamente, uma vez que um influencia o outro para cada consumidor”, defende.
Métricas de negócio vão impulsionar os orçamentos do Marketing
Um estudo publicado pela Gartner, em 2017, revela que o orçamento alocado ao Marketing foi de 11,3% do investimento global das empresas, um decréscimo face ao período homólogo. A análise sugere que este decréscimo aconteceu porque as equipas de Marketing não souberam justificar a necessidade de um aumento de orçamento, pelo menos de uma forma que fizesse sentido para os gestores das companhias.
De acordo com o especialista, no ano que aí vem, o Marketing do Retalho deverá focar-se, mais do que nunca, nos resultados financeiros das companhias.