Os resultados globais, de um estudo online da IBM, sugerem de forma esmagadora que o tempo pessoal dispendido a navegar na Internet rivaliza com o tempo dedicado à televisão.
Conduzido de meados de Abril até meados de Junho de 2007, pelo IBM Institute for Business Value, o inquérito englobou cerca de 2400 lares espalhados pelos EUA, Reino Unido, Alemanha, Austrália e Japão e analisou a utilização e a adopção global de novos dispositivos multimédia e de consumo de conteúdo de media e de entretenimento em PCs, telemóveis, leitores portáteis, entre outros.
Dentro do grupo de inquiridos, 19% admitiu passar seis ou mais horas, por dia, na utilização pessoal de Internet, contra 9% dos inquiridos que confessou ter os mesmos níveis de consumo no visionamento de televisão.
Por outro lado, 66% afirmou passar entre uma a quatro horas, por dia, frente à televisão contra 60% que referiu os mesmos índices na utilização pessoal da Internet.
Este novo estudo sobre as tendências dos consumidores de conteúdo digital de media e de entretenimento revelou ainda que as audiências dispõem, cada vez mais, de um maior controlo e de maior informação sobre a filtragem de mensagens de marketing.
Procura de serviços personalizados
Os consumidores estão à procura de conteúdo consolidado e fiável, de reconhecimento e de um sentimento de comunidade, no que se refere a entretenimento com base em dispositivos móveis e Internet. Equipados com computadores, conteúdos interactivos e ferramentas, os consumidores competem pelo controlo da atenção, do conteúdo e da criatividade. Apesar de um natural desfasamento da parte dos marketeers, as receitas da publicidade tenderão a seguir as tendências dos consumidores.
«Os consumidores estão a demonstrar o desejo de obterem acesso a conteúdo, quer seja através de wireless ou por cabo: uma média de 81% dos consumidores inquiridos indicou que tinha ou pretendia ver um ficheiro de vídeo no seu PC e uma média de 42% revelou que viu ou pretendia ver um ficheiro de vídeo num dispositivo móvel», explica Bill Battino, communications sector managing partner da IBM Global Business Services. «Dado o poder crescente dos indivíduos e das comunidades, os agentes ligados à indústria de comunicação e entretenimento terão que melhorar as suas estratégias de publicidade consentida pelos consumidores, assim como aperfeiçoar os estudos de análise», acrescentou.
O crescimento estável da adopção de serviços digitais de música, de vídeo e de outros serviços de entretenimento – apesar de os mercados permanecerem pequenos em comparação com os meios de comunicação tradicionais – por parte dos consumidores demonstra que os clientes particulares procuram serviços cada vez mais personalizados e que os fornecedores de conteúdo devem proceder de forma idêntica. No estudo, 23% dos inquiridos afirmou recorrer a um serviço portátil de música (por exemplo, iTunes); 7% confirmou dispor de uma subscrição de conteúdo de vídeo para telemóveis; 11% revelou dispor de um serviço de música para o seu PC e 18% revelou possuir uma subscrição de um jornal online.
As mudanças no visionamento da televisão
Naquele que é o maior mercado de gravadores digitais de vídeo (DVR – digital video recorder), 24% dos inquiridos nos EUA afirmou possuir um DVR na sua residência e visionar pelo menos 50% da programação televisiva em gravação. Surpreendentemente, 33% dos inquiridos nos EUA admitiu consumir uma maior quantidade de conteúdo televisivo do que antes do aparecimento do DVR. No Reino Unido, mais do dobro dos consumidores inquiridos que possuem um DVR utilizam serviços de vídeo ondemand e menos de um terço alteraram o seu consumo televisivo global como resultado da propriedade de DVR.
Na Austrália, apesar da posse do DVR, a maioria dos inquiridos prefere visionar televisão em directo ou fazer a gravaçã