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Sustentabilidade

Reciclagem de equipamentos elétricos cresce 57% até junho

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A reciclagem de equipamentos elétricos e eletrónicos usados registou um crescimento expressivo de 57% no primeiro semestre de 2025, em comparação com o período homólogo de 2024.

De acordo com dados divulgados pelo Electrão – Entidade Gestora de Resíduos, foram recolhidas e encaminhadas para reciclagem mais de 20 mil toneladas de equipamentos entre janeiro e junho, face às cerca de 13 mil toneladas tratadas no mesmo período do ano passado.

Este aumento é atribuído a um reforço nas recolhas organizadas diretamente pela entidade, ao alargamento da rede de parceiros operacionais e ao crescimento do número de pontos de recolha disponíveis em todo o país.

Segundo Ricardo Furtado, diretor de Elétricos e Pilhas do Electrão, “a maior parte dos equipamentos enviados para reciclagem, 84% do total – o equivalente a mais de 17 mil toneladas – foi recolhida através da rede Electrão, que registou uma subida de 51% nas recolhas face ao ano anterior”. O responsável destaca o esforço operacional da entidade para consolidar a infraestrutura de recolha e tratamento de resíduos elétricos.

Atualmente, a rede Electrão disponibiliza mais de 15.300 pontos de recolha para equipamentos elétricos usados, pilhas e baterias, garantindo pelo menos um local acessível por cada mil habitantes (consultável em www.ondereciclar.pt).

Além da reciclagem, o Electrão aposta também na reutilização de equipamentos, sempre que possível, promovendo assim uma abordagem mais sustentável à gestão de resíduos.

Os grandes eletrodomésticos, como máquinas de lavar e secar, lideram a lista de equipamentos mais reciclados, seguindo-se os aparelhos de regulação de temperatura (frigoríficos, arcas, radiadores), pequenos eletrodomésticos, equipamentos informáticos e de telecomunicações, televisores e lâmpadas.

As campanhas de sensibilização promovidas pela entidade – como o Quartel Electrão e a Escola Electrão – continuam a desempenhar um papel fundamental na mobilização da comunidade para a causa da reciclagem.

Um dos projetos de maior impacto tem sido a recolha porta-a-porta de grandes eletrodomésticos, disponível atualmente em 12 municípios da Área Metropolitana de Lisboa e da região Oeste. Esta iniciativa gratuita, que visa combater o mercado paralelo de resíduos, já permitiu encaminhar para reciclagem cerca de 388,8 toneladas de equipamentos só no primeiro semestre.

“O projeto tem vindo a crescer e pretende-se que, já este ano, seja alargado a mais concelhos. Além de ser um serviço cómodo para o cidadão, há a garantia de que os equipamentos usados são encaminhados para reciclagem sem risco de desvio”, sublinha Ricardo Furtado.

Segundo um estudo do Electrão, cerca de 75% dos equipamentos colocados na via pública para recolha municipal acabam desviados para o mercado paralelo, o que impede a sua descontaminação e correta reciclagem – uma realidade preocupante, tendo em conta os componentes perigosos que muitos destes produtos contêm.

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