A pandemia não travou as vendas da marca de eletrodomésticos de cozinha e a resposta dos consumidores europeus tem sido positiva e consubstanciou-se em aumentos de dois dígitos em algumas categorias. Em entrevista à DISTRIBUIÇÃO HOJE, Rui Neves, Business Development Manager Southern Europe na Sage Appliances, revela, no entanto, que a marca está atenta ao aumento do preço das matérias-primas que tem afetado os custos dos transportes. “A Sage está a acompanhar de perto esta questão, de forma a compreender e abordar eficazmente estes constrangimentos”, afirma.
Qual tem sido o posicionamento da marca e que novidades foram lançadas recentemente ou estão programadas para o presente ano?
A Sage Appliances é a líder global em eletrodomésticos de cozinha, focando-se na inovação e no design dos seus produtos. A jornada no mercado ibérico começou com o lançamento da linha premium de máquinas de café expresso em 2021, dando aos portugueses a oportunidade de se tornarem baristas nas suas próprias casas e desfrutarem do café de especialidade.
Recentemente, alargámos a nossa oferta neste mercado entrando no segmento de cozinha, desde eletrodomésticos multifuncionais a fornos de bancada inteligentes.
Apostamos assim em melhorar a vida dos consumidores e disponibilizar tecnologia premium que transforme o seu dia-a-dia em autênticas experiências.
Qual o peso do negócio ibérico dentro do posicionamento global do grupo?
O mercado ibérico tem um grande potencial de crescimento e tem um papel importante para a Sage. À semelhança dos resultados obtidos nos outros países europeus, estamos muito satisfeitos com os mercados de Portugal e Espanha. Desde a nossa chegada a estes mercados, a resposta dos consumidores tem sido muito positiva, de acordo com o que a empresa tem experienciado nos outros países europeus. Em geral, na Europa, a marca teve em 2021 um ano muito positivo. As vendas aumentaram em 58,4%.
Além disso, o Grupo Breville, a empresa-mãe a que pertence a Sage Appliances, aumentou o seu lucro em 42%. No que diz respeito a 2020, as receitas de todo o grupo aumentaram 24,7%, atingindo 1,2 mil milhões de dólares no total.
“Em geral, na Europa, a marca teve em 2021 um ano muito positivo. As vendas aumentaram em 58,4%”, destaca Rui Neves
A transferência do consumo para dentro do lar foi fundamental para a marca durante a pandemia?
A proposta da Sage é proporcionar experiências em casa fazendo dos consumidores autênticos baristas e chefs. O facto de os consumidores terem sido sujeitos ao confinamento, assim como as novas tendências de trabalho remoto, serviram de certo modo como uma validação da nossa proposta de valor e contribuíram para o aumento das vendas de pequenos domésticos com crescimentos acima dos dois dígitos em várias categorias.
Estando os cafés fechados, desde logo o denominado plano B de consumo de conveniência de café passou a ser uma prioridade, aumentando o consumo de equipamentos de bebidas, em que se inserem as máquinas de café. Também os processadores de alimentos tiveram uma grande procura, visível no fluxo das grandes redes de hipermercados nomeadamente na gestão de plataformas online e respetiva logística.
Como está a decorrer o regresso à normalidade no impacto direto para o negócio?
Estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos tanto em Portugal como em Espanha. A Sage começa a beneficiar dos resultados da estratégia definida para estes mercados, desde logo do ponto de vista da notoriedade da marca, e o consumidor começa a percecionar os nossos eletrodomésticos como produtos premium.
No que respeita à disrupção das matérias-primas a que assistimos atualmente, quais as consequências que podemos antecipar para o futuro?
Esta situação tem impactos indiretos em todo o mundo, incluindo a escalada generalizada dos preços que, entre outras coisas, está a afetar os custos associados ao transporte. A Sage está a acompanhar de perto esta questão, de forma a compreender e abordar eficazmente estes constrangimentos.
Quais os objetivos da marca especificamente para Portugal?
O objetivo da Sage é estar cada vez mais próximos do consumidor português. Agora que a Sage está a expandir a sua oferta também em Portugal juntando ao seu portefólio novos eletrodomésticos de cozinha, a marca pretende manter e reforçar o compromisso de combinar inovação com qualidade superior e um design atraente para oferecer as melhores soluções para os chefs lá de casa e, naturalmente, traduzir este posicionamento em valor percecionado pelos portugueses.
O que diferencia a marca da concorrência?
A Sage Appliances está presente em 70 outros países, com mais de 817 patentes de inovação ativas. É uma marca que oferece eletrodomésticos de cozinha galardoados e desenhados para inspirar as pessoas a preparar alimentos e bebidas nas suas próprias casas de forma simples. Das máquinas de café expresso aos processadores de alimentos, a inovação em cada eletrodoméstico garante produtos que simplificam a vida dos chefs lá de casa e tornam o processo de criação mais agradável e com resultados perfeitos.
A Sage trabalha em conjunto com chefs e especialistas para melhorar sucessivamente os seus produtos, adquirir um conhecimento aprofundado sobre os desafios que os consumidores enfrentam e combinar inovação com qualidade e design.
Como tem assumido as funções que abraçou recentemente, nomeadamente, o mercado espanhol?
Estou muito feliz por ter recebido e aceitado este convite para integrar sob a minha responsabilidade o mercado espanhol. A ibéria é, como referi, um mercado que dispõe de um grande potencial de crescimento e que tem um papel importante para a marca.
São dois mercados com algumas diferenças entre si, mas sobretudo muitas semelhanças. Procuramos criar uma sinergia entre ambos os mercados para continuar a reforçar o nosso posicionamento junto do consumidor e crescer de forma consistente.
Quais os eletrodomésticos mais procurados no último ano pelos clientes nacionais?
Apesar de a Sage Appliances ter uma gama vasta de eletrodomésticos de cozinha, o nosso foco até ao início deste ano em Portugal tem sido posicionar a nossa gama de máquinas de café expresso no segmento premium.
Desta forma, estamos muito contentes com a receção das nossas máquinas de café expresso, desde a The Oracle Touch até The Bambino, o nosso último lançamento da linha de máquinas de café no mercado. Neste sentido, os consumidores têm valorizado a nossa proposta de valor e as vendas têm sido muito satisfatórias.