Este encontro, que tem a participação de diversas individualidades do sector agroalimentar – entre as quais José Diogo Albuquerque, Secretário de Estado da Agricultura – propõe fazer uma reflexão sobre o estado da economia no que à área alimentar diz respeito, bem como apontar estratégias para o futuro do mercado e das indústrias transformadoras nacionais.
“Este é um sector que, na última década, mais do que duplicou as exportações e tem sabido expandir-se além-fronteiras», salientou Jorge Tomás Henriques, presidente da FIPA. A aposta na qualidade, na diferenciação e na definição de políticas adequadas são alguns dos fatores que contribuem para que o sector agroalimentar mantenha uma “energia positiva” e alguma criatividade em tempos de incerteza, observou.
O programa da manhã contou com oradores de diversas entidades (FoodDrinkEurope, Deloitte, Cerealis, Nestlé Portugal, Delta Cafés, Unilever Jerónimo Martins, entre outras), que tocaram diversos quadrantes da indústria agroalimentar, desde os principais eixos de competitividade ao crescimento e sustentabilidade, e até a forma como a soberania nacional e alimentar pode estar ameaçada pelas políticas europeias de constrangimento financeiro.
Adriano Moreira, presidente da Academia das Ciências de Lisboa, frisou a importância da sociedade civil como agente de mudança e de criação de confiança, quando o panorama geral é de adversidade económica. Dirigindo-se à audiência e às empresas nacionais que operam no sector agroalimentar, Adriano Moreira louvou a sua capacidade de resistência: «Nascer não se escolhe. Decidir ficar é um ato de amor. E o que os senhores estão a fazer é um ato feliz para as gerações futuras».