Segundo a Agência Financeira, a AIB manifesta “preocupação com o futuro do setor face a comportamentos de mercado e métodos de atuação” que parecem estar fora da legalidade, como os preços praticados na venda do bacalhau naqueles retalhistas.
“No caso do Pingo Doce, a campanha em curso estipula, expressamente, preços que, em nosso entendimento, são impraticáveis em qualquer circunstância, atentos os preços da matéria-prima e os custos de produção. Do mesmo modo, no Continente, os preços são, eventualmente, até inferiores, embora de forma relativamente dissimulada, nomeadamente por meio de campanhas com outros produtos, com cartões ou outros métodos”, descreve a AIB.
Para a associação, “estas atuações estão a conduzir à destruição total da indústria portuguesa de transformação do bacalhau”, pois “jamais é possível a qualquer industrial, sequer aproximar os seus preços daqueles que vêm sendo praticados por tais grandes superfícies”.
Esta é a segunda vez no ano que o Pingo Doce e o Continente são alvo de queixas relacionadas com preços, depois da indústria de laticínios ter acusado os hipermercados, em janeiro, de venderem leite abaixo do preço de custo.