O que motivou a escolha de Paris para receber a edição de 2013 do WRC?
Edições anteriores do WRC realizaram-se em Barcelona, Berlim, Londres e este ano acontecerá em Paris. É fundamental para o sucesso do Congresso escolher cidades com ótimas facilidades para os delegados e os oradores e que sejam também excelentes capitais de retalho. Sabemos que estes são importantes elementos para os retalhistas que decidam vir ao Congresso pois também podem aproveitar para visitar as melhores lojas da cidade. Quando decidimos mudar o local onde iríamos realizar o WRC em 2013, Paris foi uma escolha óbvia e natural, o que tem vindo a ser comprovado pelo aumento das reservas e das inscrições relativamente à edição do ano passado.
Quais as expectativas para a edição deste ano?
Como temos assistido ao longo dos anos e desde a primeira edição do Congresso realizado em 2007 com a participação de cerca de 100 palestrantes, delegados de diferentes países e um programa realizado a partir de uma extensa pesquisa do setor da indústria, a nossa expectativa é de que esta edição contará com discussões e debates de enorme qualidade. Na minha opinião, é sempre fascinante é ouvir novos temas e pontos de vista ao longo dos três dias do evento que permitem conferir uma nova visão e novos desafios no setor do retalho. Face aos desafios que enfrentam hoje os retalhistas, particularmente em torno de como podem manter o ritmo com o desenvolvimento do retalho nos vários canais, considero que alguns dos oradores que convidámos para estar presentes em Paris revelar-se-ão surpreendentes.
O que destaca na edição de 2013 em relação a anos anteriores?
O programa do Congresso deste ano evoluiu no que respeita ao seu formato pois está mais focado em várias sessões divididas em tópicos que interessam aos retalhistas, incluindo ao atendimento ao cliente, ao marketing, à distribuição e à inovação. Depois de uma pesquisa que efetuámos chegámos à conclusão que os delegados pretendem que estes temas sejam abordados, nomeadamente no que respeita ao retalho nos vários canais e ao comércio desenvolvido pelas novas tecnologias (vendas por internet ou através de telemóvel). Também incluímos sessões mais específicas para os diferentes países e regiões em resposta a pedidos dos delegados que irão participar no Congresso.
Em que medida é importante a presença de retalhistas portugueses na edição de 2013?
Queremos dar as boas vindas aos retalhistas portugueses e estamos ansiosos por recebê-los por duas razões. Em primeiro lugar, gostaríamos de ouvir a sua experiência no que respeita aos desafios no mercado europeu particularmente difícil atualmente e porque temos conhecimento que os retalhistas estão aptos a trazer novas ideias e a inovar criativamente de forma a atrair os consumidores.
Por outro lado, consideramos que o programa que delineámos irá ajudar os retalhistas de Portugal assim como de outros mercados a pensar outras formas e ideias que ajudarão o seu negócio.
O tão falado novo consumidor que surgiu da conjuntura económica instável da Europa é decisivo para os novos mercados que estarão em debate nesta edição do WRC?
Sem dúvida alguma que um dos tópicos mais referidos por vários retalhistas de toda a Europa é de que o consumidor mudou. E isto resulta do facto de os consumidores só comprarem quando têm de comprar ou quando precisam de determinado produto. Mas o consumidor é também capaz de aceder a informações sobre marcas, produtos, lojas através de múltiplos canais e, mais recentemente, de smartphones. Esta é uma tendência atual que está a conduzir a uma nova pressão sobre os retalhistas em fornecer mais informações sobre os produtos, ter uma maior transparência de preços e promover um serviço ao cliente com uma entrega mais rápida ao cliente. Acredito que o futuro do retalho será positivo e emocionante mas também um desafio que se vai colocando no caminho do setor. Será um futuro onde vários retalhistas operarão em diversos canais mas de uma forma que proporcionará uma experiência única aos consumidores. Iremos assistir à transferência do consumo direto e pessoal e de uma presença física para encomendas online. Confesso que estou muito ansioso para ouvir o que pensam os participantes no WRC sobre estas novas tendências no evento deste ano.
Quantos participantes contam ter este ano e de quantos países?
Com algumas semanas de antecipação ao Congresso que acontecerá em Paris a partir de 7 de outubro é difícil prever mas sabemos que as reservas estão a sofrer um incremento. É muito provável que tenhamos a participação de 1300 participantes de mais de 60 países.
Considera que o facto de cada país ter mais de seis horas de sessões dedicadas às suas apresentações no World Retail Congress pode criar sinergias entre os vários países e os seus diferentes mercados?
Uma das grandes experiências do WRC é verificar que retalhistas de todo o mundo apostam no networking, gostam de conhecer outras experiências e de trocar ideias uns com os outros. E de facto, existem muitos temas de interesse para quem marcar presença no Congresso. Sabemos que muitos dos participantes em edições anteriores conseguiram novas oportunidades de negócio e contratos muito importantes para a sua área.
Quantos candidatos em quantas categorias participaram este ano? E quantos finalistas tem esta edição?
Registámos o maior número de inscrições no World Retail Awards e muitos deles são oriundos de muitos países que nunca tinham participado, como por exemplo, a Nigéria, a Malásia, a Coreia do Sul e o Paquistão. Este ano contaremos com 14 categorias e iremos premiar até seis empresas selecionadas como finalistas em cada uma.
Quantos prémios serão atribuídos pelas diversas categorias?
Cada categoria irá reconhecer apenas um vencedor, que receberá o troféu World Retail Awards que foi originalmente concebido em 2007 quando lançámos este evento em Barcelona e que é inspirado na arquitetura de Gaudi.
Na sua opinião, qual a grande importância deste Prémio dentro do clima económico que se vive hoje em dia em toda a Europa?
Ser finalista ou mesmo ganhar o prémio é sempre uma grande conquista independentemente do clima económico que se vive. Mas quando as condições comerciais são tão duras como as que hoje se vivem em muitos mercados, o facto de ser reconhecido é ainda mais gratificante. Um prémio desta natureza demonstra aos pares da indústria que determinada empresa está a oferecer algo verdadeiramente excecional a nível mundial. Vemos grandes exemplos de sucesso de negócio que ajudam outros a ter novas ideias e a ganhar uma nova inspiração. Ser finalista ou ganhar este prémio pode ter efeitos benéficos e mesmo poderosos tanto para os retalhistas, como para os funcionários de determinada empresa mas também nos clientes. Finalistas de edições anteriores usaram o logotipo deste Prémio na comercialização, nas montras de lojas e também nas várias comunicações com o exterior e esse facto ajudou-os a fortalecer a marca aos olhos dos clientes, de todos aqueles que trabalham na empresa e, claro está, com os investidores.