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Economia

Crise na Grécia influencia expectativas económicas dos europeus

pessoas na rua julho  Distribuição Hoje

As negociações prolongadas entre a Grécia e os seus credores e a crise entre a Rússia e a Ucrânia influenciaram as expectativas económicas dos consumidores da maioria dos países europeus durante o segundo trimestre deste ano. A conclusão é da sondagem GfK ‘Clima de Consumo na Europa, que indica que “a crise na Grécia definiu, em grande medida, a disponibilidade para comprar dos consumidores europeus no segundo trimestre deste ano, resultando na estagnação ou diminuição das expectativas económicas em muitos países.”

“Por altura da realização da sondagem, nas primeiras duas semanas de junho, as negociações entre a Grécia e os seus credores atingiam progressivamente o seu ponto mais alto. Por conseguinte, o culminar provisório – o fracasso das negociações, a bancarrota real do país, o fecho da banca grega e o referendo – não está refletido nesta sondagem”, explica a GfK.

A empresa acredita que as expetativas dos europeus, sobretudo nos países da União Monetária, possa vir a deteriorar-se significativamente ao longo do verão, destacando países como a Alemanha, Itália, França e Espanha, “que ou suportam uma percentagem elevada da dívida grega ou enfrentam também eles uma situação económica difícil.”

Por outro lado, o desenvolvimento da expetativa dos rendimentos, assim como a disposição para comprar, variam entre os vários países. As influências específicas de cada país no segundo trimestre tiveram um peso maior a este nível do que os possíveis efeitos da saída da Grécia da União Monetária Europeia.

Portugal ainda não antecipa um aumento nos rendimentos

Em comparação com o primeiro trimestre do ano, as expetativas económicas dos consumidores portugueses diminuiu ligeiramente no segundo trimestre para 15,2 pontos (-0,6 pontos). Contudo, a disposição dos consumidores portugueses manteve valores positivos no que diz respeito à tendência económica nacional. “Os portugueses estão confiantes de que a sua economia irá também presenciar um crescimento constante, ainda que moderado, nos próximos meses”, refere a sondagem.

A expectativa positiva sentida, no geral, pelos consumidores portugueses em relação à situação económica não se reflete, contudo, nas expectativas que expressam sobre os rendimentos. Em março, o índice estava nos 4,7 pontos, mas desde então perdeu 3,8 pontos, registando uma quebra de 0,9 pontos em junho. Ainda assim, a expectativa dos rendimentos continuou significativamente mais elevada do que o nível registado no ano anterior (junho de 2014: -16,7 pontos), no entanto, alcançou o seu nível mais baixo desde outubro de 2014.

Para além disso, em junho, a disposição para comprar era de -24 pontos, o que estava apenas ligeiramente acima do nível registado em março (-24,5 pontos).

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