Financiamento a Fintech em Portugal
O ecossistema nacional mostrou resiliência, mantendo uma rota de crescimento assente em novas rondas de investimento para as fintech, diz João Freire de Andrade, fundador da Portugal Fintech
Alguns insights a destacar do Fintech Report 2022:
- No momento de decidirem os seus investimentos, os investidores avaliam sobretudo a sustentabilidade dos modelos de negócio, de que forma é que os lucros são gerados e o potencial de crescimento
- Mantém durante mais tempo as empresas que têm no seu portfólio em detrimento de uma maior diversificação de investimentos
- A subida das taxas de juro permitiu aos bancos maior capacidade de efetuar investimentos estratégicos
- Maior exigência dos investimentos, o que obriga à consolidação do espaço fintech
Cada transação é diferente. A preparação e processo para adquirir uma pequena empresa liderada pelo fundador é inevitavelmente diferente de uma empresa maior com acionistas institucionais. Alguns dos investidores o que destacam é:
- Foco nas pessoas; compreender suas aspirações, preocupações e construir um relacionamento com os principais interessados. Entender o que é fundamental para executar a transação e simplificar o resto
- Internalizar a maioria de nossos processos de M&A e construir playbooks de execução e integração que permitam focar nas especificidades de cada negócio e não reinventar a roda
- Clarificar as expectativas pós-aquisição da direção do negócio, como contribuirá para a visão do investidor, e o novo papel da liderança devem estar alinhados antes do negócio está fechado
As startups portuguesas do setor financeiro valem mais de 13 mil milhões de euros, é o que revela o “Fintech Report 2022”
Em Portugal procura de investimento em fase inicial é satisfeita por investidores nacionais e em fases posteriores são os investidores internacionais que respondem à procura. No que diz respeito à distribuição geográfica, é em Lisboa e no Porto que estão os principais hubs para as fintech localizadas em Portugal. Quanto às portuguesas localizadas no estrangeiro, estão preferencialmente em França, Alemanha, Estados Unidos, Reino Unido e Países Baixos.
Quando falamos de talento, captar profissionais na faixa dos cinco anos de experiência foi citado por 58% dos inquiridos como outra das dificuldades, enquanto 38% referiu a dificuldade nos perfis mais seniores. Destaque também para o facto 59% referir que o número de developers em Portugal não é suficiente, são as funções de engenharia e as posições sénior as que apresentam as maiores dificuldades no recrutamento. Esta escassez de talento provoca naturalmente o seu respetivo custo.