A discussão em torno do fim do dinheiro físico não é propriamente novidade. De há uns anos a esta parte o assunto tem vindo a ser debatido com maior ou menor intensidade em vários países pelo mundo.
Com os meios de pagamento digital a ganharem terreno, a verdade é que o “velhinho” dinheiro, conforme o conhecemos, pode deixar rapidamente de fazer sentido dando lugar a modernas formas de pagamento.
Não será uma adoção global, naturalmente, e nem algo que venha a ocorrer no curto ou, até mesmo, no médio prazo, mas é algo que os especialistas defendem fazer algum sentido.
Na realidade, são já vários os países nos quais mais de metade das transações se fazem de forma digital e esta realidade não é um exclusivo dos que se situam no lado Norte do globo.
A Suécia é talvez o principal exemplo em matéria de digitalização dos pagamentos com estudos que apontam para que, no máximo em 2030, o país se venha a tornar um exemplo mundial e a primeira sociedade totalmente cashless.
Embora esta possibilidade possa parecer estranha a quem tem pouco contacto com a realidade sueca, a verdade é que não o é de todo. Atualmente, os pagamentos em dinheiro naquele país não vão além dos 3% do total e, por exemplo, nos transportes públicos suecos já não se aceita o dinheiro físico.
De resto, esta é uma tendência seguida por outros países escandinavos vizinhos como é o caso da Noruega onde 11% da população optou já por não utilizar dinheiro vivo.
Fora da Europa, a América do Norte dá o exemplo mas com o Canadá que caminha a passos largos para se tornar uma sociedade cashless. São vários os estudos que apontam para o facto de 56% dos canadianos já optar pelo dinheiro digital e 70% dos pagamentos serem feitos com recurso ao cartão de crédito.
 Realidade semelhante chega-nos da Ásia Oriental, com o governo Sul Coreano a incentivar a sua população a adotar comportamentos cashless. Os resultados estão à vista com o pagamento em dinheiro vivo a cair dos antigos 40% para os atuais 25% em apenas quatro anos.
A viver o oposto desta realidade, temos a Alemanha, país onde os pagamentos em dinheiro vivo representam ainda mais de metade do total ou Itália onde esta preferência é ainda mais evidente.