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Pagamentos

BCE destaca impacto ambiental das notas de euro

O Banco Central Europeu (BCE) publicou hoje, dia 11 de dezembro, um estudo sobre o impacto ambiental da utilização de notas de euro enquanto instrumento de pagamento. A análise revela que, em 2019, a pegada ambiental média por cidadão da área do euro foi de 101 micropontos (µPt), o equivalente a conduzir 8 km de carro ou a 0,01% do impacto ambiental total das atividades de consumo anuais de uma pessoa na Europa.

O estudo mede o potencial impacto ambiental de todas as atividades no ciclo de vida completo das notas de euro – “desde a aquisição de matérias‑primas, passando pelo fabrico, a distribuição e a circulação, até à eliminação das notas pelos bancos centrais nacionais (BCN) da área do euro”, explica o BCE em comunicado. Baseia‑se na metodologia da pegada ambiental dos produtos da Comissão Europeia e desenvolve o trabalho, iniciado em 2004, de avaliação do ciclo de vida da primeira série de notas de euro.

 

Nesta medida, os principais fatores que contribuem para a pegada ambiental das notas de euro como meio de pagamento, revela o BCE, são “o consumo de energia das caixas automáticas (multibancos/ATM) e o transporte de notas, seguindo‑se o processamento pelos BCN, o fabrico do papel de notas e a autenticação das notas em lojas”. O longo ciclo de vida das notas e o facto de serem usadas para muitos pagamentos significa que o impacto da sua produção é menor do que o do seu transporte e distribuição.

“O Eurosistema está empenhado em tornar as notas de euro tão respeitadoras do ambiente quanto possível, sem deixar de assegurar a disponibilidade e aceitação generalizadas de numerário”, denota Piero Cipollone, membro da Comissão Executiva do BCE.

 

O Banco Central Europeu garante ainda que o compromisso do Eurosistema para reduzir a pegada ambiental das notas de euro acontece desde 2004 com recurso, por exemplo, à utilização de algodão 100% sustentável e proibindo a deposição de resíduos de notas em aterros. Além disso, notam ainda os avanços dos fabricantes de caixas automáticas e dos bancos na redução do impacto ambiental das respetivas máquinas. O estudo publicado hoje, dia 11 de dezembro, indica que a melhoria da eficiência energética das caixas automáticas contribuiu para uma “redução de 35% da sua pegada ambiental entre 2004 e 2019”.

O objetivo futuro passa por tornar este circuito de numerário mais respeitador do ambiente em todas as fases do seu ciclo de vida. Para o efeito, o BCE “está a explorar métodos alternativos de eliminação de resíduos de notas, como a reciclagem e a reutilização de resíduos, e a possível melhoria dos materiais e das componentes utilizados no processo de impressão”.

 

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