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Pagamentos

O futuro do setor bancário: Do potencial da IA à fraude financeira 

O futuro do setor bancário: Do potencial da IA à fraude financeira 

Com a tecnologia a ser um pilar do setor bancário atual, as soluções que utilizam APIs contribuem para muitas oportunidades de aumentar o impacto nos negócios. A conclusão é da edição de 2023 do McKinsey’s Global Payments Report, intitulado “On the cusp of the next payments era: Future opportunities for banks”.

O relatório aponta que uma das principais oportunidades na criação de negócio são as transações transnacionais, particularmente aquelas com valores inferiores a 100 mil dólares nos segmentos de consumidor e de PMEs.

“Embora os pagamentos de baixo valor representem 8% dos fluxos de pagamentos transnacionais, eles são responsáveis por cerca de um terço da receita devido às amplas redes de retalho e às margens mais altas”, pode ler-se.

A IA generativa, a modernização tecnológica e a batalha para prevenir os crimes financeiros são vistas como oportunidades de aumentar a aposta na produtividade interna. Pelas estimativas do McKinsey Global Institute, a IA generativa pode aumentar ainda mais a produtividade no setor bancário – entre 2,8% e 4,7%, o equivalente a 200 mil milhões a 340 mil milhões de dólares em receitas anuais.

Já a modernização tecnológica dos bancos poderá diminuir os custos operacionais entre 20% a 30% e reduzir pela metade o tempo de lançamento de novos produtos no mercado. O Índice de Modelos Operacionais da McKinsey, compilado a partir de inquéritos a 150 instituições financeiras, revelou que aquelas com pontuação mais alta em maturidade do modelo operacional tendem a crescer mais rapidamente – em média 20% – e a ser mais lucrativas (retorno total aos acionistas 69% mais alto) do que as outras.

Por último, a utilização de IA generativa para automatizar ou acelerar as atividades manuais atuais pode aumentar em 30% a 50% a produtividade na deteção de fraudes. “As empresas de pagamentos provavelmente precisarão de transferir a suas operações contra fraudes das funções de apoio para um centro de competência gerido ativamente, mas isso deve reduzir as perdas e melhorar a experiência do cliente”, explica a McKinley.

Gökhan Sari, líder do McKinsey’s Financial Services and Risk Practices na África, Europa Oriental e Médio Oriente nota que a aposta na IA generativa está dividida em três categorias: 1º backoffice (onde automatiza os fluxos de trabalho); 2º análise de risco (permite uma monitorização mais rápida e precisa); 3º voltada para o cliente (permite ajudar na relação entre cliente e gestor bancário ou até mesmo ser utilizado para interação direta com os consumidores).

“Em termos de interação direta com os clientes, isso é algo que vemos muito mais em mercados emergentes, como a Ásia. Do lado europeu, o setor está a concentrar-se mais nas funcionalidades de risco e de backoffice e a explorar oportunidades no copiloto das interações com os clientes. Os EUA situam-se algures no meio, dependendo da dimensão do banco, e continuam a estar numa fase inicial de exploração de diferentes áreas”.

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